Trump era uma esperança para reacionários e antiglobalistas mas acabou virando uma grande decepção. O presidente americano prometera, durante as eleições, fazer um politica isolacionista em face aos problemas mundiais, reduzindo, assim, o intervencionismo americano no globo, e investindo mais energia nos problemas internos dos EUA. Como o poder americano vem sendo a ponta de lança da implantação das pautas do progressismo democrático secular pelo mundo, se tal promessa fosse cumprida, a Nova Ordem Mundial sofreria um duro golpe, dado que perderia o aparato de estado americano, fundamental para que seus planos de governo global se efetivem. Todavia Trump foi capturado pela ala neocon do partido republicano: isso é que explica sua virada para um intervencionismo crescente nas questões que envolvem Coréia do Norte e Irã, sobretudo. Vejamos que as ações de Trump vem sendo até mais fortes que as do Obamismo que sempre preconizou de forma aberta, uma liderança dos EUA a nível mundo quanto a implementação dos "valores ocidentais" - leia-se iluminismo. Trump bombardeou a Síria e agora conspira com Israel para derrubar o regime iraniano o que prova, mais uma vez, a quem Donald está atrelado: à velha banca judaica.
Sobre os últimos fatos ocorridos no Irã, onde "pipocam" manifestações contra o regime - a soldo de dinheiro americano e judaico - é preciso que fiquemos cientes do seguinte:
1. A produção de "Fake News" pelas agências de inteligência israelense com o intuito de criminalizar o regime dos aiatolás e caracterizá-lo como "financiador de terrorismo".
Recentemente a Agência de Segurança de Israel (ASI), mais conhecida como Shin Bet, identificou uma "rede terrorista" na Cisjordânia que supostamente trabalhava para a inteligência iraniana, afirmou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. "O serviço de segurança, junto com o exército, desvendou uma rede terrorista na Cisjordânia que clandestinamente cooperava com a inteligência iraniana", afirmou Netanyahu em uma declaração pública em vídeo, divulgada pela sua administração. De acordo com o relatório da Shin Bet, no total foram detidos 3 palestinos. O líder seria um estudante de engenharia de computadores, Muhammad Makharmeh, de 29 anos, residente da região de Hebron. De acordo como o serviço secreto israelense, ele foi recrutado pela inteligência iraniana em 2015 através de um parente que mora na África do Sul. "Quero chamar a vossa atenção ao fato de o Irã estar conduzindo atividades terroristas contra Israel, não só ajudando aos movimentos terroristas, tais como o Hamas, Hezbollah e Jihad Islâmica, mas também tentando organizar atividades terroristas no território israelense", resumiu Netanyahu.
Bastam três sujeitos para caracterizar uma rede terrorista? Uma rede que se reúne desde 2015 mas que não conseguiu efetivar nada até agora? Que rede incompetente! Ademais: como o Irã poderia colaborar com o grupo Jihad Islâmica se tal grupo é sunita e se os sunistas jihadistas lutam, agora, contra Assad na Síria que tem o apoio do Irã (In: UOL: Chefe do Estado-Maior do Irã oferece apoio a Assad para reconstruir Síria)?
Outrossim as alegações de Netanyahu não passam de alegações. Não se apresentam provas cabais de nada, o que demonstra que o que está em jogo é criar um imagem péssima do Irã no contexto da opinião pública mundial a fim de preparar um futuro ataque americano-israelita ao país.
Na mesma linhas dos "Fake News" ontem o estado maior do exército de Israel divulgou que "Milícias palestinas" lançaram, da Faixa de Gaza, três projéteis contra Israel, sem causar danos, informou o exército israelense. “Outro projétil foi lançado da Faixa de Gaza para Israel”, indicou um porta-voz militar em comunicado, que esclareceu que ainda não foi identificado o ponto onde impactou. O exército não sabe dizer onde caiu o projétil mas sabe que ele foi lançado? Como? A idéia aí é clara: jogar a culpa no Hamas e responsabilizar o Irã pelo aumento dos ataques em razão de apoiar o Hamas.
2. Acaba de acontecer um acordo semisecreto entre EUA e Israel sobre o destino do Irã.
Israel e os EUA elaboraram um programa conjunto estratégico para conter o Irã durante um encontro secreto. Isto foi noticiado pelo chamado canal 10 de Israel. Em 12 de novembro uma delegação de representantes do setor de defesa israelense, liderada pelo conselheiro de segurança nacional Meir Ben-Shabbat, chegou aos EUA. Durante a visita, os israelenses se encontraram com seus colegas do Departamento de Defesa e inteligência norte-americanos, encabeçados pelo conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Herbert McMaster. De acordo com uma fonte no governo estadunidense, após dois dias de negociações os dois países firmaram um "memorando de entendimento sobre o Irã". O documento prevê criar quatro grupos de trabalho que vão tratar dos assuntos ligados aos programas nuclear e de mísseis iranianos.
O primeiro grupo de trabalho se ocupará do "trabalho diplomático secreto virado a suspender o programa nuclear do Irã", segundo as informações do canal.
O objetivo do segundo grupo será "limitar a presença do Irã na região, mais concretamente, na Síria e no Líbano".
O terceiro grupo se dedicará à "contenção do programa de mísseis iraniano" e "a prever as tentativas de fornecer mísseis ao Hezbollah (movimento libanês xiita).
Por fim, o quarto grupo de trabalho se concentrará "na escalada na região, que pode ser causada pelo Irã".
Altos funcionários de Israel confirmaram ao Canal 10 que Washington e Tel Aviv chegaram a um acordo estratégico quanto ao Irã.
***
Não restam mais dúvidas a respeito de quem comanda o governo de Trump: são os judeus. A luta contra o Irã perpassa o objetivo de criação do grande Israel que se fará às expensas dos povos árabes sob a justificativa da luta contra o "terrorismo"; ainda é preciso que se diga que apontar o Irã como super ameaça a segurança do Oriente Médio por desenvolver um programa nuclear, é o cúmulo da desfaçatez quando Israel tem, pelo menos, 200 ogivas nucleares, podendo pulverizar todos os países árabes da região.
#Rafael Queiroz
Nenhum comentário