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» » “Deus Salve o Rei” ou uma caricatura da Idade Média com objetivos políticos?

Não é de hoje que as novelas da TV Globo vem servindo de meio para transformar a mentalidade e o senso comum da população num sentido progressista, imoral e anticristão. A nova novela das sete, “Deus Salve o Rei”, é mais um estratagema global para atingir esta meta. A mesma pretende fazer uma releitura da Idade Média, com base, notadamente, em feminismo. 

Antes de abordar essa questão é preciso dizer alguma coisa sobre os erros da novela quanto a forma de retratar o medievo. Primeiro que a era medieval foi mais marcada por disputas entre feudos que entre “reinos”. Na verdade os “reinos” medievais não passavam de feudos cuja propriedade estava na mão de algum nobre que tinha ascendência régia. O rei medieval era um mero senhor feudal: só tinha autoridade sobre seu domínio fundiário. Seu titulo monárquico era apenas simbólico: ele não possuía burocratas, funcionários, exército regular nem poder de cobrar impostos sobre outros senhores feudais ou impor-lhes leis. Ele só tinha autoridade sobre sua pequena porção de terra. O título da Novela – Deus salve o rei – já é, por si mesmo, um anacronismo. 

Por outro lado a novela derrapa em erros crassos quando apresenta um figurino cheio de decotes no que tange aos personagens femininos, como podemos ver abaixo:


A personagem de Marina Ruy Barbosa é apresentada como uma mulher aberta, jovial, despojada; a Idade Média encarnava, ao contrário, no que tange a vestuário e apostura social da mulher, uma sobriedade imensa. 


Outro erro absurdo é desconsiderar que as mulheres medievais usavam o véu. A novela expõe as personagens femininas – todas elas – sem tal aparato. Como poderemos ver, nas representações abaixo, que retratam a mulher do medievo, a novela expõe uma imagem da idade medieval que nada tem a ver com o período. 

Nesta figura vemos Ana da Bretanha representada com o seu véu. Uma mulher jamais podia se apresentar em público sem ele. Vejam que suas pajens também o fazem e que, todas elas usam cores sóbrias.

Aqui vemos Cristini de Pisan lendo para alguns súditos. Mais uma vez o véu se faz presente.

Mas por que a Globo estaria empenhada nesta caricatura da idade média? É BEM SIMPLES. Vejamos o que o autor da novela nos diz: 
A gente passou a vida toda escutando histórias medievais de reis e rainhas. Queria falar disso, mas de forma contemporânea — conta Daniel Adjafre, que assina sua primeira novela como autor titular: — Nossa intenção é que o público se identifique rapidamente com a trama e os personagens. Temos uma pesquisa histórica, mas não seremos tão rigorosos ao abordar os códigos da época. É uma opção clara para evitar certas coisas, como as relações distantes entre namorados, por exemplo, até coisas mais triviais, como o modo de comer das pessoas.[1]
Adjafre é muito claro: usar a idade média como motivo para falar de coisas contemporâneas. Mas que coisas seriam essas? A novela, como um todo, se revela como um folhetim feminista e romântico da pior espécie. 

Primeiro ela aborda a velha temática da literatura romântica que sempre se fundou na dialética indivíduo x sociedade, apostando na tese de que quanto menos o sujeito der ouvidos a sociedade e mais às suas pulsões sexuais e afetivas mais feliz ele será:
A novela trata do quanto o destino (Leia-se sociedade, Igreja, família, tabus, etc) interfere nas escolhas e o quanto existe de livre-arbítrio (Leia-se licensiosidade de fazer o que bem entende) na vida das pessoas. Ao contrário da maioria das histórias medievais, que parte da disputa de trono por dois ou mais herdeiros, “Deus salve o rei” mostrará dois príncipes que não almejam o título de rei (Uma crítica velada ao poder monárquico?).[2]
Ainda: 
Na história, Afonso (Rômulo Estrela), o príncipe herdeiro de Montemor, abdica do trono ao se apaixonar pela plebeia Amália. Ele entrega o posto ao seu despreparado irmão caçula, Rodolfo (Johnny Massaro).[3]
É o velho discurso do romantismo literário da primazia do desejo individual sobre o dever social. 

O engajamento feminista da novela é mais claro que a luz do sol. O elenco da novela, dias atrás, foi convidado para comentar sobre o manifesto feminista das atrizes de Hollywood. Vejamos: 
Apesar de alguns dias já terem se passado desde o momento histórico, os atores brasileiros também entraram na luta ao falar sobre o assunto enquanto se preparavam para assistir ao primeiro capítulo da novela Deus Salve o Rei. Grande parte do elenco, como Fernanda Nobre, Bruna Marquezine, Rômulo Estrela e Caio Blat, falou com exclusividade com o site HT sobre a repercussão que ainda vai durar por muito e muito tempo. “As mulheres precisam ficar muito felizes com este momento único e histórico que estamos vivendo. Temos que mudar a forma como a indústria funciona. Ser atriz é um ato político hoje em dia, porque temos uma responsabilidade. Precisamos usar a notoriedade para abrir os olhos das pessoas e incentivar a discussão”, afirmou Fernanda Nobre. “Fico feliz de estar viva para ver isto. Este é um momento no qual os homens precisam se calar e escutar, com todo o amor do mundo e empatia. Me sinto muito orgulhosa de fazer parte desta geração. Sei que lá na frente algumas meninas irão agradecer a estas pessoas que estão fazendo a diferença, assim como olho para trás e fico feliz por terem existido figuras femininas importantes para mudar a nossa história. Estamos honrando o nosso passado de uma forma muito potente e bonita. Sem contar que eventos com campanhas como esta motivam a juventude. Em todas as profissões, acho coerente haver pessoas empoderas para que os mais novos possam se espelhar”, completou Bruna Marquezine. Ao seu lado, representando uma outra geração, que também fez muito para o movimento das mulheres poderosas, estava Rosamaria Martinho. “Sempre fui feminista. Eu ganhava o meu dinheiro sozinha e tenho várias amigas, da minha idade, com pensamentos parecidos ao meu”, garantiu Rosamaria.[4]
Um blog feminista diz que: 
DISCURSO EMPODERADO DE AMÁLIA FAZ SUCESSO: Logo em sua primeira cena, com seu namorado, Virgílio (Ricardo Pereira), Amália mostrou toda sua independência. Ele propôs que ela deixasse seu trabalho para se dedicar somente a ele: "É sério, meu amor... Compro tudo, ponho uma pessoa trabalhando em seu lugar". "Tenho o meu negócio porque não quero ter um patrão", garantiu a ruiva. No Twitter, os fãs vibraram com o discurso contemporâneo da mocinha: "Amália, feminista e revolucionária desde os tempos medievais....já amo!!!! Marina pediu pra ser linda e socorro!", "Amália na era medieval já tava ensinando que mulher não tem que se submeter a homem nenhum, mesmo tendo renda baixa! Amália rainha e o resto nadinha!" e "Amália empoderada. Já amo!", foram alguns dos comentários.[5] 
Para piorar o quadro a novela ainda vai exaltar a imagem de uma bruxa que vai buscar um lugar social como “militar”. Sabemos que na era feudal só homens tinham acesso a carreira militar não por questão de “preconceito” mas por que o mundo medieval tinha em alta consideração os direitos da mulher, vista como alguém que devia gozar da máxima proteção em razão de seu papel fundamental na educação. Em Bizâncio, numerosas eram as mulheres na universidade. Anna Comnena fundou em 1083 uma nova escola de medicina onde lecionou por vários anos. 

Eleonora da Aquitânia, enquanto rainha, desempenhou um importante papel político na Inglaterra e fundou instituições religiosas e educadoras. A mulher era poupada da guerra para ser agente da civilização dos costumes! 

Vejamos: 
Outra aposta de Deus Salve o Rei é a atriz Marina Moschen, que interpreta a bruxinha Selena, que sonha em cursar a Academia Militar de Montemor. Justamente por ser a primeira mulher naquela instituição, sofre forte preconceito. É obstinada, resistente e excelente aluna. Ela também tem um estranho dom, que se torna uma maldição: seus sentimentos têm uma inexplicável conexão com a natureza, fazendo com que suas reações emocionais se propaguem nas mais diversas formas. [6] 

É toda uma “contra idade média” que a novela quer passar como imagem. Ainda que o autor diga que não quer fazer uma obra rigorosamente baseada nos fatos passados o que fica na mentalidade popular é a mensagem transmitida pela TV Globo, imagem caricatural que se presta a uma verdadeira catequese feminista e romântica onde o medievo ora aparece para reforçar tal doutrinação, ora aparece para ser criticado e negativado – como no caso da bruxa Selena que será estigmatizada por desejar a vida militar. 

Não restam dúvidas de qual seja o objetivo – escuso – de “Deus Salve o Rei”: promover um discurso feminista odioso, semear uma guerra sexual no Brasil, postular uma negativação sutil do medievo, reforçando uma lenda negra sobre a Cristandade, além de espalhar um ideário subjetivista e individualista romântico de culto aos desejos contra as proibições e “preconceitos” sociais. 

 
#Rafael Queiroz

Legião da Santa Cruz

A Legião da Santa Cruz é uma associação cultural e cívica que reúne em suas fileiras pessoas comprometidas com a restauração do legado Católico da nossa pátria, que há muito tempo se diluiu em doutrinas estranhas as raízes que a formaram, e que hoje está submersa nas trevas da imoralidade e da perversão. Nosso objetivo é construir um verdadeiro front de resistência Católica, que inclua desde um vasto trabalho intelectual e informativo até uma plataforma política própria que possa representar e dar primazia a identidade profunda do Brasil e sua Fé.
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