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A morte de René Guénon chamou-nos a atenção sobre uma obra das mais significativas de nossos dias, pois se constitui fora da mentalidade moderna e do mundo intelectual de nosso tempo. Guénon soube livrar-se dos prejuízos de nossos dias e elaborou sua obra com o inflexível rigor da solidão. Ele tocou nos problemas da civilização técnica e das ameaças que implica.

Uma das primeiras verdades que a obra de Guénon traz é a reabilitação do conhecimento simbólico frente ao conhecimento científico. Para um homem formado na química ou na astronomia é absurdo voltar a astrologia ou a alquimia. Para o mesmo todo o espírito moderno é um desvio e, há mais verdades essenciais na astrologia, com todas suas infantilidades, que na astronomia com sua técnica. 

Toda a ciência pode aumentar as dimensões da jaula material onde o homem está; mas nunca pode libertá-lo dessa jaula. A intuição intelectual que podemos ter a partir das realidades do mundo material nos leva a captar uma realidade que as supera e que tem um valor mais vital.

Entenda-se o que queremos dizer: Guénon não quer a volta a astrologia ou alquimia em sua forma vulgar de pseudociência. Trata-se de entender que os metais e astros nos interessam mais pelo seu significado que por sua composição ou uso que deles possamos fazer. Podemos considerar uma esmeralda como um bem comercializável; é o que faz o joalheiro e comerciante. Podemos considerá-la do ponto de vista de suas propriedades materiais; é o que faz o químico. Mas o que de mais real tem a esmeralda é sua cor viva e dureza, e isso é o que o alquimista capta.

A astronomia não faz mais que informar sobre a mecânica dos astros; fazer isso significa ficar na superfície das coisas. O mundo estelar está prenhe de sentido. São estes sentidos e significados que cabe descobrir; Guénon compreendeu que os movimentos estelares mais que arquétipos dos movimentos terrestres, são sinais de realidades de outra ordem. Mircea Eliade já observava que os povos antigos viam no céu visível sinais de uma hierofania através da qual se manifesta o mundo espiritual. Isso é o oposto de uma astrologia vulgar que crê estar a existência humana condicionada pelos astros.

Submete a mesma crítica a geometria e a matemática: as figuras geométricas não interessam pelas relações numéricas, mas pelo valor qualitativo da figuração simbólica. Junto a ciência dos números se acha a simbólica dos números: não sem razão o 7 e o 40 desempenham um papel fundante na simbólica bíblica, constituindo uma verdadeira linguagem. E esta linguagem não é convencional, mas baseada na natureza das coisas, o que nos conduz a uma conclusão: as tradições por mais diversas que sejam nos apresentam símbolos idênticos ou semelhantes. A que atribuir esta permanência? Não é fácil admitir que isso se deva a uma transmissão de uma tradição original como quer Guénon. É mais fácil concluir, com Mircea Eliade, que estes símbolos se fundam na natureza mesma das coisas e, que os homens dão idênticos significados aos mesmos objetos.

Guenon faz entrar a simbólica cristã na simbólica tradicional. Relaciona a simbólica da cruz na Índia e no cristianismo. Observa que o número dos doze apóstolos é um símbolo que remete ao Zodíaco de doze constelações. A veste branca do Papa atesta o valor do branco em todas as religiões. Existem de fato analogias indubitáveis. Analogias que levam Guénon a ver no cristianismo nada mais que uma das formas da tradição primordial: ele se interessa pelo cristianismo pelo que tem de comum com outras tradições. E desde aqui não é possível mais segui-lo: o cristianismo reconhece uma simbólica natural que se acha relacionada com a religião cósmica, quer dizer, com essa revelação que Deus faz aos homens através do mundo visível. O cristianismo é muito diferente disso: é a irrupção de Deus na história, um fato novo. A cruz nele não tem mero valor simbólico mas que Cristo foi imolado nela. Como o patíbulo onde Cristo foi imolado tinha forma de cruz a liturgia da Igreja carregou-a de todo simbolismo natural para significar que ela indicava as 4 dimensões e o eixo do mundo e que a redenção tem valor universal. Porém estes simbolismos tem importância secundária frente aos fatos históricos. E é esta importância do cristianismo como novidade absoluta que desconhece Guénon.

Nada tem isso de estranho já que a condenação de toda a história, forma parte essencial de seu pensamento. Experimentamos uma grande satisfação quando vemos Guénon condenar, com uma violência que não tem igual, as ideologias modernas do progresso, da evolução e do historicismo. Estamos de acordo com ele em pensar que é absurdo crer que o desenvolvimento da ciência possa levar a uma transformação qualitativa da humanidade. Guénon porém vai mais longe e vê decadência em tudo. Decadência que se acentua a partir do século XVI. A ciência enquanto tal, e não apenas o uso culpável que dela se possa fazer, não há de arrastar o mundo a pior das catástrofes, na medida em que ganha importância maior que a da Sabedoria?

É preciso reconhecer o alcance da crítica tão valente que Guénon faz dos prejuízos nefastos do mundo moderno. Pelo fato de esperar uma salvação da ciência o homem se aliena dos únicos verdadeiros meios de salvação. Os que alimentam essa ilusão, chamam-se marxistas e liberais, são os verdadeiros responsáveis pela miséria do mundo moderno. Não há dúvida que as noções de progresso científico se acham desprovidas de todo sentido espiritual. Não há dúvida que a hipertrofia da ciência materialista e moderna afasta o homem moderno da intuição intelectual dos valores metafísicos. Não há dúvida que no plano natural, a passagem do tempo não traz ao homem nada de essencial e que só os princípios metafísicos constituem o essencial e estes princípios são imutáveis.

Não há nada de essencial que possa ser novo na ordem natural. Porém não sucede o mesmo no plano cristão. Pois neste nos encontramos na presença de fatos que mudam qualitativamente a existência humana e que constituem por isso uma novidade absoluta. Basta ler São Paulo para ver com que freqüência se repetem as expressões de “nova criação” e “homem novo”. Existem portanto elementos que não possuía a tradição anterior que mostra uma promoção espiritual, que corresponde ao passo que se dá no conhecimento de Deus e da revelação da sua via íntima por Jesus Cristo. Em efeito só no cristianismo se dá a História. Isto foi o que Guénon não viu: para ele o cristianismo não é realidade única. A prova disso é que ele, ao fim da vida foi parar no Islã.

Isto nos conduz ao último aspecto de seu pensamento, o que se refere às relações entre ciência, sabedoria e fé. Uma vez mais chama a atenção da parte positiva de seu pensamento: contra o relativismo e pragmatismo ele restaura o valor do pensamento especulativo. A realidade suprema é o mundo das idéias eternas cujo reflexo são as coisas sensíveis. A atividade mais elevada do homem é a intuição das essências. Só o conhecimento destas idéias eternas pode nos fazer organizar as coisas com sabedoria. Quem possui este conhecimento possui a autoridade espiritual. Guénon restitui a seu pleno valor a concepção hierárquica da sociedade que choca com o dogma moderno da democracia e do voto universal. A autoridade espiritual se compõe de quem possui a Tradição e subsiste de forma máxima no “rei do mundo” que é seu arquétipo ideal. Essa autoridade se encarna visivelmente em certos personagens. O Papa representa para Guénon uma destas autoridades. Ele defende esse aspecto do catolicismo e vê, no protestantismo, nada mais que uma perversão do autêntico cristianismo.

Agora bem: de que tradição são depositárias as autoridades espirituais? Só da tradição dos princípios intelectuais. Estes princípios são, sobretudo, os da filosofia da Índia e do Vedanta ao que Guénon consagra sua primeira obra. Nela fala de verdade suprema. Filosoficamente isso é inquietante. Pois a filosofia da Índia nos deixa na incerteza de dados como a transcendência de Deus, da imortalidade da alma, da criação. O que choca ainda mais é que a verdade suprema é a verdade filosófica. As grandes religiões monoteísticas seriam apenas um compromisso entre as verdades filosóficas e as necessidades afetivas dos homens que exige que eles tenham misticismos e liturgias. É esta inversão da relação que une metafísica e revelação cristã que constitui o erro capital de Guénon.

Aqui é que se insere o problema de sua obra que é o esoterismo. Por esoterismo podemos entender muitas coisas: podemos considerar no interior de uma religião existem coisas inteiramente distintas. Por uma parte se pode considerar que no interior de uma religião existem coisas que não podem ser comunicadas, sem faltar com a prudência, aos principiantes. Tal era a explicação do livro de Cantares no Judaísmo; tal é a via mística no cristianismo. Porém em um ou outro caso não se trata de doutrinas diferentes senão de aprofundamento na mesma doutrina. Para São Paulo a gnose nada mais é que aprofundar a fé. Nada é mais contrário ao cristianismo que a noção de uma fé de primeira e de segunda categoria. O batismo é que constitui a iniciação. O batizado não precisará receber uma segunda iniciação para conhecer um sentido secreto dos ritos e dos dogmas.

Porém o esoterismo tem um segundo sentido, que é o assumido por Guénon: consiste em dizer que além da diversidade das religiões, existe uma doutrina oculta, que é comum e cujo saber pertence apenas aos iniciados. Existe uma doutrina secreta diferente da doutrina pública ou exotérica. E esta doutrina não é que ensina o catecismo. É outra doutrina cuja transcrição simbólica são os dogmas, mas é preciso ser iniciado para saber seu sentido oculto. Para Guénon há uma oposição entre religião e sabedoria que seria a doutrina oculta. Para ele só tal doutrina nos pode dar a salvação e não a figura de Cristo.

A obra de Guénon é, a um tempo, importante e decepcionante. Nos atrai por que denuncia os erros modernos; mas se passamos ao pensamento positivo de Guénon nos deparamos com algo incompatível com o cristianismo pois nega a essência da fé cristã: o caráter privilegiado da ressurreição de Jesus Cristo.

#Cardeal Jean Danielou 
O Mistério da História, Capítulo IX.
Tradução: Rafael Queiroz
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O pensador, jornalista, escritor, poeta, ensaísta, novelista, professor, tradutor, congregado mariano, líder negro e monárquico e doutrinador patriótico, nacionalista e tradicionalista Arlindo Veiga dos Santos é sem sombra de dúvida um dos maiores e mais olvidados intérpretes da realidade deste vasto Império chamado Brasil e um pensador da Tradição só comparável, entre nós, a um Plínio Salgado, um Alexandre Correia, um Heraldo Barbuy, um José Pedro Galvão de Sousa, um Leonardo van Acker, um João de Scantimburgo, um Jackson de Figueiredo, um Eduardo Prado, um Manoel Lubambo ou um Sebastião Pagano.

Nascido na cidade paulista de Itu no ano de 1902, o criador e mais importante líder e doutrinador do Patrianovismo - movimento defensor de uma Monarquia orgânica, social e popular realmente vinculada às tradições e realidades nacionais – era negro, a despeito de descender também de portugueses e índios, sendo, portanto, um homem oriundo das três “raças” formadoras da nacionalidade brasileira. É Arlindo, ademais, um exemplo vivo do quão errados estavam os intelectuais patrícios que – seguindo Gobineau, Vacher de Lapouge, Houston Stewart Chamberlain e outros arautos da pretensa superioridade étnica “ariana” – tanto amesquinharam e achincalharam o negro, o índio e o caboclo de nossa terra, como bem denuncia Plínio Salgado em seu Manifesto de Outubro [1], assim conhecido por haver sido divulgado a 07 de outubro de 1932.

O Patrianovismo, principal legado de Arlindo Veiga dos Santos a esta sua amada Terra de Santa Cruz, surge na Imperial Cidade de São Paulo do Campo de Piratininga no ano de 1928, com a fundação do Centro Monárquico de Cultura Social e Política Pátria-Nova, que a partir do ano seguinte publica a revista Pátria-Nova, saudada com entusiasmo por Alceu Amoroso Lima (Tristão de Athayde) [2], e que se transforma, já na década de 1930, na Ação Imperial Patrianovista Brasileira.

A Ação Imperial Patrianovista Brasileira, cujo símbolo era a Cruz da Ordem Militar de Cristo com as pontas em flecha ou lança [3], não reuniu tantos adeptos quanto a Ação Integralista Brasileira de Plínio Salgado ou formou uma constelação de intelectuais tão resplandecente quanto esta, com a qual tinha, aliás, diversas semelhanças do ponto de vista doutrinário. Reunindo, porém, dezenas de milhares de membros, ou, segundo alguns, mesmo algumas centenas de milhares e formando, ademais, um pugilo de pensadores também fascinante, configura-se como o maior movimento político monárquico do Brasil republicano e um dos mais extraordinários grupos da inteligência do País.

O Patrianovismo, “doutrina dinâmica com base no princípio estático-dinâmico da tradição” [4], é um movimento patriótico, nacionalista e tradicionalista que prega a recristianização integral da Nação Brasileira, opondo-se tanto ao liberal-capitalismo quanto ao comunismo, e sustenta a Monarquia tradicional, onde o príncipe reina e governa, sendo, pois, chefe de Estado e de Governo, mas tem seu poder concretamente limitado pelos Grupos Naturais, ou Grupos Intermediários, por meio do asseguramento institucional da autonomia social de tais grupos, que tem sido negada tanto pelos Estados ditos “democráticos” quanto pelos Estados totalitários.

A doutrina patrianovista recebe influência da Action Française de Charles Maurras e Léon Daudet e sobretudo da Doutrina Social da Igreja, de pensadores brasileiros como Jackson de Figueiredo e Alberto Torres e do Integralismo Lusitano de António Sardinha. Cumpre salientar, com efeito, que Pátria-Nova foi o nome de um semanário integralista de Coimbra dirigido por Luís de Almeida Braga, um dos fundadores e principais dirigentes e doutrinadores daquele movimento.

Em 1931, Arlindo funda a Frente Negra Brasileira, que, sob sua liderança, configura-se como o maior e mais sadio movimento negro da História não apenas do Brasil mas também de toda a chamada América Latina, que preferimos denominar América Hispânica, posto que o Brasil é tão hispânico quanto seus vizinhos, da mesma forma que Portugal é tão hispânico quanto a Espanha [5], constituindo as duas grandes nações lusófonas duas das diversas Espanhas de que fala o magno jurista e pensador espanhol Francisco Elías de Tejada [6].

Havendo citado o nome de Tejada, insigne discípulo e continuador de Donoso Cortés e mui provavelmente o maior pensador político tradicionalista espanhol do século 20, importa salientar que este foi um conhecedor como poucos do Brasil e de sua História, como demonstra em trabalhos como As doutrinas políticas de Farias Brito [7] e que foi amigo pessoal de Arlindo Veiga dos Santos, bem como de José Pedro Galvão de Sousa e Plínio Salgado [8], dentre outros homens de pensamento patrícios. Foi Tejada, ademais, o representante, em Espanha, da revista bilíngue de cultura Reconquista, fundada em São Paulo no ano de 1950 por José Pedro Galvão de Sousa.

A revista Reconquista, cujo nome foi sugerido por Arlindo Veiga dos Santos [9], um de seus principais colaboradores, orientou-se pelos mesmos princípios norteadores do Patrianovismo, tendo entre seus articulistas pensadores da estirpe de um Heraldo Barbuy, um Clovis Lema Garcia, um Hipólito Raposo, um Fernando de Aguiar (seu representante em Portugal), um Alberto de Monsaraz, um Octavio Nicolás Derisi, um Rafael Gambra, um Pablo Lucas Verdú e de outros tão ilustres, incluindo, é claro, os supracitados José Pedro Galvão de Sousa e Francisco Elías de Tejada.

Foi Tejada, ainda, quem, em belo artigo sobre Arlindo Veiga dos Santos, incluiu o autor de Idéias que marcham no silêncio... entre “os maiores expoentes atuais do pensamento político tradicional das Espanhas cristãs e antieuropéias” [10].

Poeta inspirado, Arlindo evoca, em poemas cristãos e patrióticos como Sentimentos da Fé e do Império [11], o passado heróico da Nação Brasileira, surgida não no momento da chegada de Cabral, mas sim muito antes, no “Milagre de Ourique”, louvando nossas tradições e raízes lusíadas e hispânicas.

Tradutor de valor, Arlindo verteu para o nosso idioma obras como Do governo dos príncipes ao rei de Cipro e Do governo dos judeus à duquesa de Brabante, de Santo Tomás de Aquino [12], O crepúsculo da civilização, de Jacques Maritain [13], Organização monárquica do Estado, de Jacques Valdour [14], e As doutrinas políticas de Farias Brito, de Francisco Elías de Tejada [15].

Professor de Latim, Português, Inglês, História, Sociologia e Filosofia, o autor de Para a Ordem Nova [16] lecionou em instituições de ensino superior tais como a Faculdade de Filosofia de São Bento, a Faculdade Sedes Sapientiae, a Faculdade de Filosofia de Lorena e a Faculdade de Filosofia da Universidade de Campinas, bem como em colégios como o São Luís e o Anglo-Latino, na Capital Paulista.

Falecido em sua cidade natal no ano de 1978, Arlindo Veiga dos Santos é um nome totalmente sabotado e praticamente desconhecido no Brasil. Não é, porém, de hoje que seu nome e suas idéias “caminham no silêncio”, pois, como já denunciava o então patrianovista Luís da Câmara Cascudo, no dealbar da década de 1930, em artigo publicado no Diário de Natal, Arlindo era um “mestre solitário”, um “alto pensador” lamentavelmente sabotado por uma “força invisível” [17].

Sejam estas singelas e mal traçadas linhas a nossa homenagem ao Mestre Arlindo Veiga dos Santos, heróico e inspirado poeta e arauto de uma Pátria-Nova, cujo nome e idéias um dia deixarão de marchar no silêncio e constituirão – juntamente com os ensinamentos de outros mestres de Brasilidade – um farol que iluminará esta Terra de Santa Cruz no caminho de sua missão histórica.

#Victor Barbuy

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Esse artigo é dedicado aos católicos que hoje em dia vivem tecendo louvores aos EUA como se estes fossem a maior nação cristã da história. Para desmontar essa mentira vamos aos fatos:

>Beato Pio IX apoiou os confederados contra os ianques na Guerra de Secessão[1];

>São Pio X recusou encontro com Theodore Rossevelt quando da ida deste a Roma:
[...]The pope [Pius X] had no time for either socialists or Protestants, and in 1910 refused to receive President Theodore Roosevelt unless the American president cancelled his planned visit to a Methodist church in Rome. The president refused.[...]
>Os EUA deram reconhecimento diplomático à Santa Sé apenas em 1984: a URSS foi por eles reconhecida em 1933 [2], [3];

>As liberdades americanas (políticas e religiosas) foram condenadas diversas vezes pelos pontífices:
§Alguns homens, negando com completo desprezo os princípios mais certos da sã razão, atrevem-se a proclamar que a vontade do povo, manifestada pelo que eles chamam de opinião pública ou de outro modo qualquer, constitui a lei suprema, independente de todo o direito divino e humano. ("Quanta Cura" - Pio IX)

§Muitos dos nossos contemporâneos, seguindo a pegada daqueles que no século  passado deram-se a si mesmos o nome de filósofos, afirmam que o poder vem do povo [...]. Muito diferente é neste ponto a doutrina católica, que coloca em Deus, como em princípio natural e necessário, a origem do poder político. ("Diuturnum Illud" - Leão XIII)

§Daquela heresia nasceram no século passado uma filosofia falsa, o chamado novo direito, a soberania popular e uma descontrolada licença, que muitos consideram como a única liberdade. ( "Diuturnum Illud" - Leão XIII)

§As leis ordenam-se ao bem comum, e não são ditadas pelo voto nem em juízos falazes da multidão, senão pela verdade e pela justiça. ("Diuturnum Illud" - Leão XIII)

§Desde o momento em que se quis atribuir a origem de toda a humana potestade, não a Deus, Criador e dono de todas as coisas, senão à vontade arbitrária dos homens, os vínculos de mútua obrigação que devem existir entre os superiores e os súbditos, afrouxaram-se ao ponto quase chegar a desaparecer [...]. Perante semelhante desenfreio no pensar e no fazer que destrói a constituição da sociedade humana, [...] recordamos aos povos aquela doutrina que não pode ser mudada pelo capricho humano: Não há autoridade senão por Deus, e as que existem, por Deus foram ordenadas. ("Ad Beatissimi" - Bento XV)


§Não menos nocivo para o bem-estar das nações e de toda a sociedade humana é o erro daqueles que com tentativa temerária pretendem separar o poder político de toda a relação com Deus, do qual dependem como de causa primeira e de Supremo Senhor, tanto os indivíduos como as sociedades humanas. ("Summi Pontificatus" - Pio XII)

>S.S. Papa Leão XIII repreende a pretensão de conciliar a religião católica com o zeitgeist norte-americano:
[...]But in the matter of which we are now speaking, Beloved Son, the project involves a greater danger and is more hostile to Catholic doctrine and discipline, inasmuch as the followers of these novelties judge that a certain liberty ought to be introduced into the Church, so that, limiting the exercise and vigilance of its powers, each one of the faithful may act more freely in pursuance of his own natural bent and capacity. They affirm, namely, that this is called for in order to imitate that liberty which, though quite recently introduced, is now the law and the foundation of almost every civil community. (Testem Benevolentiae Nostrae)
>Lembro ainda que os Estados Unidos combateram a Santa Aliança e apoiaram o separatismo dos chefetes anticlericais , maçônicos[4] e republicanos da América Latina contra a Espanha, à qual a Igreja exortava que os reinos das Índias Ocidentais mantivessem sua fidelidade. À usurpação do régio poder das Majestades Ibéricas pela Doutrina Monroe (a transliteração do messianismo protestante do Destino Manifesto na geopolítica) a Igreja opunha a legitimidade monárquica católica. Em vez de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, os pontífices propugnavam aos espanhóis americanos por Fé, Hierarquia e Tradição [5] ,[6].

>Ademais, é sobretudo a partir dos Estados Unidos que o Estado laico é promovido na Terra, e a Igreja sempre condenou tal modalidade de Estado:
[...]Em primeiro lugar, a religião do Novo Mundo é maçônica. Todos os signatários da Declaração da Independência, sem exceção, pertencem a alguma loja maçônica. Desse momento em diante, ninguém, mas absolutamente ninguém, faz carreira política nas três Américas sem ter de entrar para a Maçonaria, prestar satisfações à Maçonaria ou enfrentar a Maçonaria. (...) Só que, entre apóstolos e inimigos dessa organização, mais são os interessados em mistificar do que esclarecer o seu papel na história espiritual da humanidade. (...). [Olavo de Carvalho, em O Jardim das Aflições (§29, pg.236)]

(...) Ora, qual o legado dessa Revolução[Americana] ao mundo? A democracia? Não pode ser, visto que ela convive perfeitamente bem com ditaduras, quando lhe interessa, e visto que a subsistência de uma aristocracia maçônica associada de perto a uma oligarquia econômica é um dos pilares mesmos do sistema norte-americano. O capitalismo liberal? Também não, porque o próprio sistema norte-americano, através da expansão do assistencialismo estatal, acabou por assimilar várias características da social-democracia. O republicanismo? Não, porque os elementos democráticos e igualitários da ideologia norte-americana que se espalharam pelo mundo puderam, sem traumas, ser incorporados por antigas monarquias tornadas constitucionais, como a Inglaterra, a Dinamarca, a Holanda, a Espanha. Dos vários componentes da ideologia revolucionária norte-americana, o único que foi assimilado integralmente, literalmente e sem alterações por todos os países do mundo foi o princípio do Estado leigo. Se é verdade que ‘pelos frutos os conhecereis’ ou que as coisas são em essência aquilo em que enfim se tornam, a Revolução Americana só é democrática, republicana e liberal-capitalista de modo secundário e mais ou menos acidental: em essência, ela é a liquidação do poder político poder político das religiões, a implantação mundial do Estado sem religião oficial.(...) [Olavo de Carvalho, em O Jardim das Aflições (§30, pg. 164)]

#Victor Fernandes
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Quem acompanha nosso blog sabe que temos uma posição bem clara sobre o atual pontificado dado que não poupamos críticas a Bergoglio quando ele nos pareceu por em risco a fé e o bem comum da Igreja. Todavia isso não nos tira o compromisso da objetividade e da justiça mesmo quando se trata de falar de um pontificado que não nos agrada. 

Em tempo: a direita americana passou os anos da guerra fria dizendo que o Papa não é infalível em matéria social e que, por isso, as críticas de Paulo VI, João Paulo II, etc, ao livre mercadismo, não deviam ser seguidas. Eis que, de repente, a sucursal desta direita cá no Brasil quer que Francisco condene Venezuela e Bolívia por razões sociais. Ora, ou o que o Papa fala nessa área vale ou não vale. Ou só vale quando é para chancelar o capitalismo a lá EUA? Para tentar induzir o rebanho católico a condenar a ação de Francisco no que diz respeito a Venezuela, a nova direita ilude o público dizendo que ele tem as "mãos sujas com sangue de cristãos martirizados pelo regime de Maduro" (Percebam a má fé do sujeito que se intitula jornalista mas não cita de maneira nenhum as críticas abertas que Francisco fez a regimes como o de Maduro, como vamos mostrar abaixo[1]). A idéia é forçar uma associação total e completa entre Francisco/Maduro/Foro de São Paulo, ou seja, entre Bergoglio e o comunismo bolivariano. Embora seja evidente que Francisco tem pendores mais a esquerda isso não quer dizer que ele seja um comunista favorável a regimes de força - como o que vem sendo criado na Venezuela. As posições políticas pessoais de Francisco são a de um democrata-liberal de esquerda e não de um caudilhismo autoritário de esquerda como sói acontecer no bolivarianismo venezuelano. 

No ano passado Bergoglio chegou a protestar contra as medidas mais autoritárias de Maduro como podemos ver aqui: 
A secretaria de Estado do Vaticano emitiu um comunicado onde pede ao Governo da Venezuela “que se evitem ou suspendam as iniciativas em curso como a Nova Constituinte” e pede às forças de segurança que se “abstenham do uso excessivo e desproporcionado da força”.

Numa mensagem de três parágrafos publicada esta sexta-feira de manhã, o Vaticano refere que iniciativas como a Assembleia Nacional Constituinte, eleita este domingo sob acusações de fraude, “mais do que favorecer a reconciliação e a paz, fomentam um clima de tensão e confronto e hipotecam o futuro”. Na mesma nota, o Vaticano pede que “se assegure o pleno respeito dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, tal como da Constituição vigente”.

O Vaticano diz manifesta ainda a sua “profunda preocupação com a radicalização e agravamento da crise”, referindo o aumento de mortos, feridos e detidos. Além disso, diz que o Papa Francisco “acompanha de perto” a situação do país e “as suas implicações humanitárias, sociais, políticas, económicas e também espirituais”. O líder do Vaticano convida “todos os fieis do mundo a rezar intensamente” pela Venezuela.

O tom da missiva do Vaticano representa um revés para Nicolás Maduro, que em junho chegou a pedir ao Papa Francisco que atuasse como mediador da crise venezuelana. “Na condição de vigário de Cristo, tenho a plena certeza de que a sua colaboração ativa e orientadora pode abrir uma nova etapa do diálogo nacional”, escreveu numa carta enviada ao líder do Vaticano. “Já basta de tanta violência: é necessário dar uma chance à paz, sem armadilhas nem artimanhas.” [2]
A nova direita aposta, insistentemente, numa ideologia anti-esquerda que, no ardor de combater o comunismo, deixa de fazer as devidas graduações como se tudo fosse a mesma coisa e como se uma mera benção dada por Francisco a Maduro fosse uma carta branca ao seu regime. Não bastasse a falta de habilidade intelectual em analisar os fatos a atitude da nova direita ainda se mostra dotada de malícia extrema pois extrai conclusões impossíveis de fatos recortados ao bel prazer da necessidade do momento. Enquanto Francisco tenta estimular um acordo para pacificar o quadro na Venezuela, os dois lados - seja o de Maduro, seja o da oposição - apostam numa radicalização. Francisco tem se colocado acima dos discursos ideológicos dos dois partidos para tentar encontrar uma saída para o país o que fica claro aqui

Cabe recordar que Maduro fez fortes críticas a Francisco: 
Durante el vuelo nocturno de regreso de Colombia a Roma, el Papa Francisco aseguró a los periodistas que le acompañaban en el avión que «la Santa Sede ha hablado fuerte y claramente» sobre la situación de Venezuela y los pasos necesarios para salir pacíficamente de la crisis.

Respecto a las desaforadas críticas del presidente venezolano contra el Papa y la conferencia episcopal de su país, Francisco se limitó a comentar: «lo que dice Maduro que lo explique él. No sé lo que tiene en mente».

En tono sereno, el Santo Padre explicó que «la Santa Sede ha hecho mucho. Envió un nuncio de primer nivel para el trabajo de los cuatro expresidentes. Ha hablado con personas en público y en privado. Yo he hablado muchas veces en el Ángelus…».

El Vaticano tiene muy poca influencia sobre Maduro, pero de modos diversos -muchos de ellos reservados- ha estado «buscando una salida, ofreciendo ayuda para salir», pero «parece que la cuestión es muy difícil»[3]

Logo, atrelar Francisco a Maduro como se estivessem de pleno acordo é um erro grotesco e, quiçá, má fé diabólica.

#Rafael Queiroz
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Os professores e autores de manuais de História do Brasil, em regra adeptos do decrépito e mofado credo marxista, ao qual o sociólogo Guerreiro Ramos se referiu alhures como “a mais influente força obscurantista da história contemporânea” [1], vêm, há já decênios, amesquinhando os construtores da Nação Brasileira, intentando inocular em nossas crianças e adolescentes o vírus, nefando como nenhum outro, do desprezo pelas tradições e pelos antepassados. Desconhecem eles a lição de Renan no sentido de que todos os séculos da História de uma Nação são folhas de um só livro, de sorte que não se engrandece e não se enobrece uma Nação caluniando aqueles que a fundaram [2], assim como desconhecem a análoga preleção de Arlindo Veiga dos Santos, quando este bravo poeta e arauto da Fé e do Império proclama que “o Presente que nega o Passado não terá futuro” [3]. Aliás, ao desconhecer tais lições, esses agentes, conscientes ou não, da antitradição e da antinação se mostram coerentes com o pensamento marxista, o que não acontece, porém, com o Sr. Aldo Rebelo, Deputado Federal pelo Partido Comunista do Brasil, que, em opúsculo sobre os Construtores do Brasil [4], faz justiça a grandes vultos da História Pátria em regra demonizados pela “historiografia” marxista, a exemplo de D. Pedro I, de José Bonifácio, do Duque de Caxias, do Almirante Tamandaré, da Princesa Isabel, do Barão do Rio Branco, de Plácido de Castro, de Felipe Camarão, de Henrique Dias, do Padre Manoel da Nóbrega, de Tibiriçá e do Bandeirante Raposo Tavares, adotando, pois, curiosamente, uma posição verdadeiramente nacionalista e mesmo tradicionalista...

Poucos vultos da História do Brasil têm sido tão atacados, achincalhados e satanizados quanto os Bandeirantes. E é justamente a eles que devemos a nossa extensão territorial, várias vezes maior do que aquela definida pelo Tratado de Tordesilhas em 1494. Daí Plínio Salgado, a quem chamamos algures “Bandeirante da Fé e do Império” e “encarnação viva do Espírito Bandeirante” [5], sendo importante ressaltar que a Doutrina por ele legada, o Integralismo, não é senão, em suas próprias palavras, a “última expressão do espírito bandeirante” [6], daí Plínio Salgado dizer que para que sejamos dignos da obra imperecível e do sacrifício dos Bandeirantes e para que nosso nome não seja amaldiçoado pelas gerações futuras, devemos fazer do gigantesco território conquistado palmo a palmo por esses Homens fortes, bravos e abnegados uma Nação unida, forte e respeitada, condenando vigorosamente os separatistas, renegadores da “herança de honra dos Bandeirantes” [7].

Os Bandeirantes de São Paulo do Campo de Piratininga foram, como salienta Oliveira Vianna, “a nobreza paulistana”, “nobreza guerreira” e “não de riqueza”, isto é, nobreza cujos títulos de nobilitação estavam em seus feitos como sertanistas e não nas riquezas por eles acumuladas, sendo “nobres porque bravos – e não porque ricos”. Esses “caudilhos do sertão”, componentes, pois de uma “aristocracia de guerreiros”, tinham, ainda na expressão do autor de Instituições Políticas Brasileiras, “a preferência, reservada a toda e qualquer nobreza, para os cargos da governança”, podendo se inscrever nos “livros de S. Majestade” justamente porque podiam “exibir os seus grandes feitos no sertão, as suas mais notáveis gestas de bandeirantes” [8].

Em que pese a vontade, aliás natural e legítima, dos Bandeirantes, de enriquecer e descobrir tesouros no sertão, a causa do Bandeirismo é, consoante salienta Félix Contreiras Rodrigues, “essencialmente moral”, estando “presa ao imenso sonho paulista de conquistar para seu rei (...) um imenso império, que tivesse por divisa os mais claros limites naturais – o Atlântico, o Prata, o Paraná, o Paraguai, os Andes e o Amazonas” [9]. Ademais, para compreender o nobre e elevado espírito dos Bandeirantes Paulistas, basta recordar, ainda no dizer do sociólogo gaúcho, “quantos e quantos habitantes de Piratininga, dos das suas melhores linhagens, abandonaram seus lares e seus haveres para levarem ajuda aos Nordestinos, quer contra os Holandeses, quer contra os Cariris, e os Guerens, quer contra os Negros de Palmares. (...) E a São Paulo devemos esse primeiro alinhavo da nacionalidade, posto que nunca regateou sua proteção a qualquer ponto da Colônia que precisasse dela” [10].

No mesmo sentido, João de Scantimburgo faz sublinhar, em sua obra Os Paulistas, de 1982, o profundo “sentido de missão” que revestia a “formidável organização militar” em que se constituía a Bandeira, observando que os mais notáveis historiadores das Bandeiras, a exemplo de Afonso d’Escragnolle Taunay, Alfredo Ellis Junior, Paulo Prado e Cassiano Ricardo, não foram buscar na Tradição Portuguesa a origem da vocação missionária dos Bandeirantes, continuação daquela vocação missionária que moveu Portugal e caracterizou toda a ação dos Portugueses, isto é, do dever de dilatar a Fé e o Império. Sem pretender entrar na “querela teológica da predestinação”, o autor de Os Paulistas e de Tratado Geral do Brasil pondera que há, em determinadas fases da História, nações predestinadas, havendo sido Portugal uma de tais nações. Parece ter sido a Nação Portuguesa, com efeito, “escolhida pela Providência para criar um grande Império, pela Contra-Reforma opor-se à Reforma, e erigir nos trópicos uma nação continental, cujo destino apenas ainda se delineia, mas que, provavelmente, será decisivo nos tempos futuros” [11].

Muitos anos antes de Scantimburgo, já havia Plínio Salgado compreendido, integralmente, o verdadeiro sentido e a verdadeira origem da missão dos Bandeirantes, prelecionando, em sua obra Nosso Brasil, de 1937, que a História da Nação Brasileira, “como continuidade da vida de uma das mais cavalheirescas nações europeias”, não tem o seu início em 1500, mas sim no momento da fundação da Nação Portuguesa e que todas as glórias de Portugal até 1822 são patrimônio comum a todos os descendentes dos heroicos cavaleiros da Reconquista e das Cruzadas, dos magnos cientistas que desenvolveram a arte da navegação, dos nautas que enfrentaram e venceram os mares ignotos, “dos descobridores do caminho das Índias, dos soldados, marujos, escritores e poetas, que foram os primeiros europeus a atingirem a costa oriental da África, os extremos da Ásia e as ilhas misteriosas do Pacífico” [12].

Em seguida, frisa o autor de Como nasceram as cidades do Brasil que “essa tradição de inteligência, de coragem, de universalismo, de sonhos grandiosos e de fé sequiosa por dilatar o Reino do Cristo, continuou no Brasil, plasmando o caráter, a consciência dos Brasileiros. O desbravamento dos nossos sertões pelos Bandeirantes, a reconquista do solo pátrio ocupado pelos Holandeses e pelos Franceses, a evangelização levada às tabas selvagens, o cruzamento das raças americana, africana e europeia, sob a inspiração da igualdade humana perante Deus, tudo isso foi continuação de uma história que principiou quando D. Afonso Henriques, em 1140, desembainhando a sua espada ensinou-nos, por todo o sempre, que devemos bater-nos com ardor e denodo por Cristo e pela Nação” [13].

No mesmo sentido, o assinalado pensador, escritor e Homem de ação patrício, em discurso proferido a 13 de junho de 1960, por ocasião da entronização da imagem de Cristo no plenário da Câmara dos Deputados, observa, em magistral discurso, que os Bandeirantes “levaram Cristo no coração, como os cruzados” e que:
“Na continuação da obra de cruzada de Portugal pelos oceanos do mundo, eles, através de nossos sertões, levaram as imagens de Cristo em seus alforjes, para, quando atacados pelas moléstias tropicais, feridos pelas serpentes e sentindo aproximar-se os limites da vida terrena, tivessem o consolo, na solitude imensa dos sertões, de beijar aquela imagem, erguendo o pensamento bem alto, aprofundando-se no sentimento da fé cristã e morrendo legando seus ossos como balizas para as novas arrancadas bandeirantes da Pátria brasileira , que agora se reinicia, neste instante histórico da fundação da nova Capital, da marcha para oeste. Ossadas que ficaram para sempre marcando a nossa capacidade de agir, de lutar, de vencer, vanguardas perdidas indicando-nos os eternos caminhos da destinação cristã da Pátria brasileira” [14].

No ano seguinte, em monumental discurso proferido na Câmara dos Deputados, em Comemoração ao Dia de Ação de Graças, Plínio Salgado agradece a Deus por nos haver feito compreender que a sua Santa Cruz deve andar, deve navegar, deve “ir de país em país, dilatando a fé e o Império – a fé em Cristo e o Império de Sua Lei -” e também por haverem nossos antepassados, os Bandeirantes, “com rudes botas, chapelões desabados e facão à cinta, dilatado este imenso Império e nos legado este vasto patrimônio territorial” [15].

Isto posto, faz-se mister assinalar que o fenômeno do Bandeirantismo, embora tenha tido, inegavelmente, seu principal centro em São Paulo, se fez presente em diversos outros pontos do País, em particular na Bahia, no Pernambuco e no Pará.

O Bandeirantismo Baiano, centrado no poderoso clã dos Garcia d’Ávila, foi magistralmente retratado no romance As minas de prata, do notável escritor e também político e jurista cearense José de Alencar, criador de uma literatura verdadeiramente nacional e nacionalista, inspirada, antes de tudo, nos costumes e nas tradições do nosso Povo, e que, por sinal, descendia de sertanistas que haviam palmilhado os sertões em nome dos Garcia d’Ávila.

As minas de prata, obra que podemos situar entre as mais importantes do autor de O guarani e de Iracema, se constitui em um dos mais significativos romances brasileiros que retratam o fenômeno do Bandeirantismo, ao lado de A muralha, de Dinah Silveira de Queiroz, e A voz do Oeste, de Plínio Salgado, estes sobre o Bandeirantismo paulista. Registre-se, aliás, que tanto Dinah quanto Plínio eram descendentes de vultos do Bandeirantismo, descendendo a primeira do Bandeirante Carlos Pedroso da Silveira, que ocupou, dentre outros, os cargos de Capitão-Mor Governador e Ouvidor de Itanhaém, de Mestre de Campo Governador de Taubaté, Pindamonhangaba e Guaratinguetá e de Provedor dos quintos reais em Taubaté, Guaratinguetá e, após a extinção destas casas de fundição, em Parati, é considerado a mais importante figura de todo o primeiro ciclo do ouro nas Gerais [16] e é, ainda, personagem de A muralha. Já o segundo descendia de Manuel Preto, o “conquistador de Guairá”, reconhecido como um dos maiores sertanistas do século XVII, havendo contribuído consideravelmente para a expansão do Império nas terras que hoje compõem o sul do Brasil [17] e que é personagem de A voz do Oeste.

Paulo Bomfim, poeta de São Paulo, de sua História e de sua Tradição, lançou, em 1960, a ideia da criação do “Dia do Bandeirante”. Afonso d’Escragnolle Taunay, Alfredo Ellis Júnior, Tito Lívio Ferreira, Guilherme de Almeida e Júlio de Mesquita Filho emprestaram “o prestígio de seus nomes ao movimento” [18]. Este último escreveu, com efeito, no jornal O Estado de São Paulo, a 16 de novembro daquele ano, um artigo intitulado Notícia Nova:
“Atendendo ao apelo de um poeta, um governador resolve criar condições para que São Paulo se debruce sobre seu passado. Por decreto do governo do Estado [do Governador Carvalho Pinto], foi instituído em São Paulo o “Dia do Bandeirante”, destinado a marcar o início da “Semana do Bandeirante” que é comemorada nos principais núcleos de bandeirantismo do Estado, tem por fim acentuar “a importância do bandeirismo na formação da nacionalidade brasileira, notadamente o sentido histórico, geográfico e humano do movimento sertanista de São Paulo (...)

“Essa pois, é uma notícia que escapa inteiramente à rotina do jornalismo cotidiano. Que nasceu do apelo de um poeta, e que se transformou em decreto pela compreensão de um chefe de Estado” [19].
Mais tarde, o Dia do Bandeirante se tornou nacional. Infelizmente, porém, pouquíssimos são os brasileiros que sabem de tal dia e menos numerosos ainda são aqueles que o celebram. Tendo em vista, pois, a relevância dos Bandeirantes para a História e para a Tradição Nacional e conscientes de que esses bravos soldados da Fé e do Império devem servir de exemplo a todos os verdadeiros patriotas e nacionalistas deste vasto Império, que existe graças especialmente a eles, proclamamos a imperiosa necessidade de celebração do Dia Nacional do Bandeirante. E defendemos, ademais, a igualmente imperiosa necessidade de vivificação do Espírito Bandeirante em todos os rincões da Pátria, ressaltando que o Espírito Bandeirante não é senão o Espírito da Nobreza de que tanto temos falado e que tanto temos oposto ao nefando Espírito Burguês ora dominante no Mundo.

Que o Espírito Bandeirante inspire o nosso Nacionalismo, Nacionalismo sadio, justo, ponderado, equilibrado e construtivo, alicerçado na Tradição e tendente ao universalismo, que não pode e não deve ser confundido com o internacionalismo burguês e apátrida do liberalismo e do marxismo, sendo, antes, o universalismo cristão tão bem praticado na Europa durante a denominada Idade Média. E que os Bandeirantes nos abençoem e caminhem conosco em nossa árdua porém gloriosa Marcha por Cristo e pela Nação, pela Fé e pelo Império!


#Victor Barbuy

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Não é de hoje que as novelas da TV Globo vem servindo de meio para transformar a mentalidade e o senso comum da população num sentido progressista, imoral e anticristão. A nova novela das sete, “Deus Salve o Rei”, é mais um estratagema global para atingir esta meta. A mesma pretende fazer uma releitura da Idade Média, com base, notadamente, em feminismo. 

Antes de abordar essa questão é preciso dizer alguma coisa sobre os erros da novela quanto a forma de retratar o medievo. Primeiro que a era medieval foi mais marcada por disputas entre feudos que entre “reinos”. Na verdade os “reinos” medievais não passavam de feudos cuja propriedade estava na mão de algum nobre que tinha ascendência régia. O rei medieval era um mero senhor feudal: só tinha autoridade sobre seu domínio fundiário. Seu titulo monárquico era apenas simbólico: ele não possuía burocratas, funcionários, exército regular nem poder de cobrar impostos sobre outros senhores feudais ou impor-lhes leis. Ele só tinha autoridade sobre sua pequena porção de terra. O título da Novela – Deus salve o rei – já é, por si mesmo, um anacronismo. 

Por outro lado a novela derrapa em erros crassos quando apresenta um figurino cheio de decotes no que tange aos personagens femininos, como podemos ver abaixo:


A personagem de Marina Ruy Barbosa é apresentada como uma mulher aberta, jovial, despojada; a Idade Média encarnava, ao contrário, no que tange a vestuário e apostura social da mulher, uma sobriedade imensa. 


Outro erro absurdo é desconsiderar que as mulheres medievais usavam o véu. A novela expõe as personagens femininas – todas elas – sem tal aparato. Como poderemos ver, nas representações abaixo, que retratam a mulher do medievo, a novela expõe uma imagem da idade medieval que nada tem a ver com o período. 

Nesta figura vemos Ana da Bretanha representada com o seu véu. Uma mulher jamais podia se apresentar em público sem ele. Vejam que suas pajens também o fazem e que, todas elas usam cores sóbrias.

Aqui vemos Cristini de Pisan lendo para alguns súditos. Mais uma vez o véu se faz presente.

Mas por que a Globo estaria empenhada nesta caricatura da idade média? É BEM SIMPLES. Vejamos o que o autor da novela nos diz: 
A gente passou a vida toda escutando histórias medievais de reis e rainhas. Queria falar disso, mas de forma contemporânea — conta Daniel Adjafre, que assina sua primeira novela como autor titular: — Nossa intenção é que o público se identifique rapidamente com a trama e os personagens. Temos uma pesquisa histórica, mas não seremos tão rigorosos ao abordar os códigos da época. É uma opção clara para evitar certas coisas, como as relações distantes entre namorados, por exemplo, até coisas mais triviais, como o modo de comer das pessoas.[1]
Adjafre é muito claro: usar a idade média como motivo para falar de coisas contemporâneas. Mas que coisas seriam essas? A novela, como um todo, se revela como um folhetim feminista e romântico da pior espécie. 

Primeiro ela aborda a velha temática da literatura romântica que sempre se fundou na dialética indivíduo x sociedade, apostando na tese de que quanto menos o sujeito der ouvidos a sociedade e mais às suas pulsões sexuais e afetivas mais feliz ele será:
A novela trata do quanto o destino (Leia-se sociedade, Igreja, família, tabus, etc) interfere nas escolhas e o quanto existe de livre-arbítrio (Leia-se licensiosidade de fazer o que bem entende) na vida das pessoas. Ao contrário da maioria das histórias medievais, que parte da disputa de trono por dois ou mais herdeiros, “Deus salve o rei” mostrará dois príncipes que não almejam o título de rei (Uma crítica velada ao poder monárquico?).[2]
Ainda: 
Na história, Afonso (Rômulo Estrela), o príncipe herdeiro de Montemor, abdica do trono ao se apaixonar pela plebeia Amália. Ele entrega o posto ao seu despreparado irmão caçula, Rodolfo (Johnny Massaro).[3]
É o velho discurso do romantismo literário da primazia do desejo individual sobre o dever social. 

O engajamento feminista da novela é mais claro que a luz do sol. O elenco da novela, dias atrás, foi convidado para comentar sobre o manifesto feminista das atrizes de Hollywood. Vejamos: 
Apesar de alguns dias já terem se passado desde o momento histórico, os atores brasileiros também entraram na luta ao falar sobre o assunto enquanto se preparavam para assistir ao primeiro capítulo da novela Deus Salve o Rei. Grande parte do elenco, como Fernanda Nobre, Bruna Marquezine, Rômulo Estrela e Caio Blat, falou com exclusividade com o site HT sobre a repercussão que ainda vai durar por muito e muito tempo. “As mulheres precisam ficar muito felizes com este momento único e histórico que estamos vivendo. Temos que mudar a forma como a indústria funciona. Ser atriz é um ato político hoje em dia, porque temos uma responsabilidade. Precisamos usar a notoriedade para abrir os olhos das pessoas e incentivar a discussão”, afirmou Fernanda Nobre. “Fico feliz de estar viva para ver isto. Este é um momento no qual os homens precisam se calar e escutar, com todo o amor do mundo e empatia. Me sinto muito orgulhosa de fazer parte desta geração. Sei que lá na frente algumas meninas irão agradecer a estas pessoas que estão fazendo a diferença, assim como olho para trás e fico feliz por terem existido figuras femininas importantes para mudar a nossa história. Estamos honrando o nosso passado de uma forma muito potente e bonita. Sem contar que eventos com campanhas como esta motivam a juventude. Em todas as profissões, acho coerente haver pessoas empoderas para que os mais novos possam se espelhar”, completou Bruna Marquezine. Ao seu lado, representando uma outra geração, que também fez muito para o movimento das mulheres poderosas, estava Rosamaria Martinho. “Sempre fui feminista. Eu ganhava o meu dinheiro sozinha e tenho várias amigas, da minha idade, com pensamentos parecidos ao meu”, garantiu Rosamaria.[4]
Um blog feminista diz que: 
DISCURSO EMPODERADO DE AMÁLIA FAZ SUCESSO: Logo em sua primeira cena, com seu namorado, Virgílio (Ricardo Pereira), Amália mostrou toda sua independência. Ele propôs que ela deixasse seu trabalho para se dedicar somente a ele: "É sério, meu amor... Compro tudo, ponho uma pessoa trabalhando em seu lugar". "Tenho o meu negócio porque não quero ter um patrão", garantiu a ruiva. No Twitter, os fãs vibraram com o discurso contemporâneo da mocinha: "Amália, feminista e revolucionária desde os tempos medievais....já amo!!!! Marina pediu pra ser linda e socorro!", "Amália na era medieval já tava ensinando que mulher não tem que se submeter a homem nenhum, mesmo tendo renda baixa! Amália rainha e o resto nadinha!" e "Amália empoderada. Já amo!", foram alguns dos comentários.[5] 
Para piorar o quadro a novela ainda vai exaltar a imagem de uma bruxa que vai buscar um lugar social como “militar”. Sabemos que na era feudal só homens tinham acesso a carreira militar não por questão de “preconceito” mas por que o mundo medieval tinha em alta consideração os direitos da mulher, vista como alguém que devia gozar da máxima proteção em razão de seu papel fundamental na educação. Em Bizâncio, numerosas eram as mulheres na universidade. Anna Comnena fundou em 1083 uma nova escola de medicina onde lecionou por vários anos. 

Eleonora da Aquitânia, enquanto rainha, desempenhou um importante papel político na Inglaterra e fundou instituições religiosas e educadoras. A mulher era poupada da guerra para ser agente da civilização dos costumes! 

Vejamos: 
Outra aposta de Deus Salve o Rei é a atriz Marina Moschen, que interpreta a bruxinha Selena, que sonha em cursar a Academia Militar de Montemor. Justamente por ser a primeira mulher naquela instituição, sofre forte preconceito. É obstinada, resistente e excelente aluna. Ela também tem um estranho dom, que se torna uma maldição: seus sentimentos têm uma inexplicável conexão com a natureza, fazendo com que suas reações emocionais se propaguem nas mais diversas formas. [6] 

É toda uma “contra idade média” que a novela quer passar como imagem. Ainda que o autor diga que não quer fazer uma obra rigorosamente baseada nos fatos passados o que fica na mentalidade popular é a mensagem transmitida pela TV Globo, imagem caricatural que se presta a uma verdadeira catequese feminista e romântica onde o medievo ora aparece para reforçar tal doutrinação, ora aparece para ser criticado e negativado – como no caso da bruxa Selena que será estigmatizada por desejar a vida militar. 

Não restam dúvidas de qual seja o objetivo – escuso – de “Deus Salve o Rei”: promover um discurso feminista odioso, semear uma guerra sexual no Brasil, postular uma negativação sutil do medievo, reforçando uma lenda negra sobre a Cristandade, além de espalhar um ideário subjetivista e individualista romântico de culto aos desejos contra as proibições e “preconceitos” sociais. 

 
#Rafael Queiroz
Trump era uma esperança para reacionários e antiglobalistas mas acabou virando uma grande decepção. O presidente americano prometera, durante as eleições, fazer um politica isolacionista em face aos problemas mundiais, reduzindo, assim, o intervencionismo americano no globo, e investindo mais energia nos problemas internos dos EUA. Como o poder americano vem sendo a ponta de lança da implantação das pautas do progressismo democrático secular pelo mundo, se tal promessa fosse cumprida, a Nova Ordem Mundial sofreria um duro golpe, dado que perderia o aparato de estado americano, fundamental para que seus planos de governo global se efetivem. Todavia Trump foi capturado pela ala neocon do partido republicano: isso é que explica sua virada para um intervencionismo crescente nas questões que envolvem Coréia do Norte e Irã, sobretudo. Vejamos que as ações de Trump vem sendo até mais fortes que as do Obamismo que sempre preconizou de forma aberta, uma liderança dos EUA a nível mundo quanto a implementação dos "valores ocidentais" - leia-se iluminismo. Trump bombardeou a Síria e agora conspira com Israel para derrubar o regime iraniano o que prova, mais uma vez, a quem Donald está atrelado: à velha banca judaica. 

Sobre os últimos fatos ocorridos no Irã, onde "pipocam" manifestações contra o regime - a soldo de dinheiro americano e judaico - é preciso que fiquemos cientes do seguinte: 

1. A produção de "Fake News" pelas agências de inteligência israelense com o intuito de criminalizar o regime dos aiatolás e caracterizá-lo como "financiador de terrorismo"

Recentemente a Agência de Segurança de Israel (ASI), mais conhecida como Shin Bet, identificou uma "rede terrorista" na Cisjordânia que supostamente trabalhava para a inteligência iraniana, afirmou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. "O serviço de segurança, junto com o exército, desvendou uma rede terrorista na Cisjordânia que clandestinamente cooperava com a inteligência iraniana", afirmou Netanyahu em uma declaração pública em vídeo, divulgada pela sua administração. De acordo com o relatório da Shin Bet, no total foram detidos 3 palestinos. O líder seria um estudante de engenharia de computadores, Muhammad Makharmeh, de 29 anos, residente da região de Hebron. De acordo como o serviço secreto israelense, ele foi recrutado pela inteligência iraniana em 2015 através de um parente que mora na África do Sul. "Quero chamar a vossa atenção ao fato de o Irã estar conduzindo atividades terroristas contra Israel, não só ajudando aos movimentos terroristas, tais como o Hamas, Hezbollah e Jihad Islâmica, mas também tentando organizar atividades terroristas no território israelense", resumiu Netanyahu.

Bastam três sujeitos para caracterizar uma rede terrorista? Uma rede que se reúne desde 2015 mas que não conseguiu efetivar nada até agora? Que rede incompetente! Ademais: como o Irã poderia colaborar com o grupo Jihad Islâmica se tal grupo é sunita e se os sunistas jihadistas lutam, agora, contra Assad na Síria que tem o apoio do Irã (In: UOL: Chefe do Estado-Maior do Irã oferece apoio a Assad para reconstruir Síria)? 

Outrossim as alegações de Netanyahu não passam de alegações. Não se apresentam provas cabais de nada, o que demonstra que o que está em jogo é criar um imagem péssima do Irã no contexto da opinião pública mundial a fim de preparar um futuro ataque americano-israelita ao país. 

Na mesma linhas dos "Fake News" ontem o estado maior do exército de Israel divulgou que "Milícias palestinas" lançaram, da Faixa de Gaza, três projéteis contra Israel, sem causar danos, informou o exército israelense. “Outro projétil foi lançado da Faixa de Gaza para Israel”, indicou um porta-voz militar em comunicado, que esclareceu que ainda não foi identificado o ponto onde impactou. O exército não sabe dizer onde caiu o projétil mas sabe que ele foi lançado? Como? A idéia aí é clara: jogar a culpa no Hamas e responsabilizar o Irã pelo aumento dos ataques em razão de apoiar o Hamas. 

2. Acaba de acontecer um acordo semisecreto entre EUA e Israel sobre o destino do Irã. 

Israel e os EUA elaboraram um programa conjunto estratégico para conter o Irã durante um encontro secreto. Isto foi noticiado pelo chamado canal 10 de Israel. Em 12 de novembro uma delegação de representantes do setor de defesa israelense, liderada pelo conselheiro de segurança nacional Meir Ben-Shabbat, chegou aos EUA. Durante a visita, os israelenses se encontraram com seus colegas do Departamento de Defesa e inteligência norte-americanos, encabeçados pelo conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Herbert McMaster. De acordo com uma fonte no governo estadunidense, após dois dias de negociações os dois países firmaram um "memorando de entendimento sobre o Irã". O documento prevê criar quatro grupos de trabalho que vão tratar dos assuntos ligados aos programas nuclear e de mísseis iranianos.

O primeiro grupo de trabalho se ocupará do "trabalho diplomático secreto virado a suspender o programa nuclear do Irã", segundo as informações do canal.

O objetivo do segundo grupo será "limitar a presença do Irã na região, mais concretamente, na Síria e no Líbano".

O terceiro grupo se dedicará à "contenção do programa de mísseis iraniano" e "a prever as tentativas de fornecer mísseis ao Hezbollah (movimento libanês xiita).

Por fim, o quarto grupo de trabalho se concentrará "na escalada na região, que pode ser causada pelo Irã".

Altos funcionários de Israel confirmaram ao Canal 10 que Washington e Tel Aviv chegaram a um acordo estratégico quanto ao Irã.

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Não restam mais dúvidas a respeito de quem comanda o governo de Trump: são os judeus. A luta contra o Irã perpassa o objetivo de criação do grande Israel que se fará às expensas dos povos árabes sob a justificativa da luta contra o "terrorismo"; ainda é preciso que se diga que apontar o Irã como super ameaça a segurança do Oriente Médio por desenvolver um programa nuclear, é o cúmulo da desfaçatez quando Israel tem, pelo menos, 200 ogivas nucleares, podendo pulverizar todos os países árabes da região.

#Rafael Queiroz
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Nas últimas décadas o Islão tem crescido em adeptos, violência, bem como em sua influência geopolítica; da Tirania Saudita, a horda de refugiados que se dirige hoje a Europa, de Bin Laden ao DAESH, passando pela Intifada Palestina, se escuta em todo o globo o brado Allahu Akbar. Mas, afinal, que religião é esta a inspirar tamanha violência? Quem é de fato Mohamed/Maomé? Um profeta como dizem seus adeptos? Um endemoniado como alegam seus inimigos? A resposta a estas e outras questões você encontrará em nosso curso: Entendendo o Islão; onde a perfídia agarena é examinada a partir do que há de mais seguro na pesquisa historiográfica e julgada pelo clivo da ortodoxia católica.

Aula 01
As Origens do Islamismo
Aula 02
Maomé e os Judeus
Aula 03
Porque Maomé foi um falso profeta?
Aula 04
Porque o Alcorão foi uma farsa?
Aula 05
Allah é o Deus Verdadeiro?
Aula 06
Sunnas e a Sharia no mundo muçulmano!
Aula 07
As Origens do Wahabismo e do Islã Radical
Aula 08
As Origens da Nova Jihad
Aula 09
Bin Laden, Al Qaeda, EUA e o 11/09
Especial
O que está por trás da imigração para a Europa?
O Município, unidade política fundamental, é uma reunião natural e legal de famílias e de outros Grupos Sociais Naturais, radicados em determinada área geográfica e sob um governo autônomo.[1]

“A mais bella das instituições que o mundo antigo legou ao mundo moderno”, na frase de Alexandre Herculano,[2] é o Município a cellula mater da Nação, que surge da Família, cellula mater da Sociedade.[3]

“Ponto de contacto entre a Família e a Pátria”, como disse Teixeira de Pascoaes,[4] e “sede tradicional do Poder Local”, na expressão de Jacinto Ferreira, é o Município, segundo este último, não somente um “conjunto de edificações”, mas, antes e acima de tudo, uma “comunidade de famílias”.[5]

Autêntica família de famílias, é o Município, pois, como bem observou René Penna Chaves, “um grupo natural da sociedade, constituído por um conjunto de famílias, ligadas entre si por interesses de vizinhança e politicamente organizadas”.[6]

Como fez notar Jacinto Ferreira, “as instituições Família e Município têm uma dupla função social”, que é aquela “de servirem de base ao usufruto das liberdades concretas inerentes à Pessoa Humana” e de constituírem eficaz barreira contra os excessos e as pressões do Poder Central e de suas autoridades delegadas.[7]

O termo “Município”, em latim municipium, deriva de munus capere, sendo munus encargo, função, dever, e capere captar, tomar, receber.[8] Sua origem remonta aos antigos romanos, que denominavam Municípios a certas cidades conquistadas, a que concediam direitos e deveres apenas inferiores aos das colônias romanas, detendo seus cidadãos, os munícipes, prerrogativas comparáveis àquelas dos cidadãos romanos, podendo militar nas legiões e exercer ofícios públicos e magistraturas.[9]

Fundado por Martim Afonso de Sousa, o primeiro Município brasileiro surgiu em 1532, em São Vicente, no litoral do atual Estado de São Paulo. Ali, o recém-chegado enviado de El-Rei D. João III fez instalar a um só tempo a urbs e a civitas. Com o traçado das primeiras ruas, a distribuição de lotes, a fortificação da localidade e a edificação da Igreja, da Câmara, da cadeia e da alfândega, surgia a urbs. E, com a convocação para a eleição dos primeiros vereadores da Vila e a organização da ordem legal e administrativa, sob a superior autoridade do Capitão-mor Donatário, com o início do trabalho dos oficiais nomeados para os cargos de Justiça, surgia a civitas.[10]

Divergem bastante os historiadores ao apreciar o desenvolvimento das instituições municipais criadas no Brasil pelo povoador lusitano. Com efeito, observações restritas a uma dada região ou a algumas municipalidades têm por vezes levado os estudiosos a concluir unilateralmente, quer afirmando a onipotência das câmaras municipais, quer negando por completo o alcance da autonomia municipal na América Portuguesa, durante o chamado período colonial.[11] Mas o fato é que, como salientou José Pedro Galvão de Sousa, “a história da formação política do Brasil tem um cunho nitidamente municipalista”,[12] bastando compulsar os documentos para ver como floresceram os Municípios nos primeiros núcleos de povoamento da América Lusíada.[13]

Como enfatizou o historiador Edmundo Zenha, autor da melhor obra já escrita sobre o Município no denominado Brasil colonial, segundo a abalizada opinião de José Pedro Galvão de Sousa,[14] nos séculos XVI e XVII, o Município se apresenta à face do Governo Geral ou da Corte portuguesa “desimpedido de qualquer intermediário”.[15] Ainda como frisou o autor de O Município no Brasil, partindo da família, aqui solidamente organizada, a única extensão estatal que os primeiros povoadores desta vasta Terra de Santa Cruz puderam nela realizar plenamente foi o Município.[16] Conforme observou Zenha, a civilização europeia firmou pé no Brasil por meio, principalmente, de dois elementos, “a família e seu reflexo, o município”.[17]

Conforme notou, com razão, Waldemar Martins Ferreira, em sua História do Direito Brasileiro, o governo das capitanias, na América Portuguesa, se contraía no governo das vilas, de modo que, se, territorialmente, as capitanias se alargavam pelos sertões adentro, administrativamente minguavam elas na vida das vilas, quase todas elas erguidas na costa marítima da Terra de Santa Cruz.[18]

Célula política da América Luso-Brasileira desde o seu nascimento, é o Município uma das mais belas e nobres instituições legadas por Portugal ao Brasil. Em outras palavras, se, como bem salientou Plínio Salgado, na obra Como nasceram as cidades do Brasil, foi a Fé Cristã, Católica, “o maior patrimônio que o Brasil recebeu de Portugal”,[19] foi o Município inegavelmente um dos maiores patrimônios que a nossa Terra de Santa Cruz recebeu da Terra de Santa Maria.

Outro dos grandes patrimônios legados por Portugal à nossa Terra de Santa Cruz é o gênio imperial lusíada, graças ao qual, como fez ver Plínio Salgado, tem o Brasil mantido, ao longo dos séculos, a sua unidade. Com efeito, como observou o autor de Primeiro, Cristo! e de Como nasceram as cidades do Brasil, este vasto Império que é a nossa Terra de Santa Cruz possui grandes e profundas diversidades regionais, assim como membros e descendentes de diversos povos do Orbe Terrestre, mas todas essas diferenciações se submetem “à ação poderosa de um formidável redutor, a trabalhar continuamente, como estatuário inspirado, na construção maravilhosa da Unidade Nacional”. Tal redutor, no dizer de Plínio Salgado,
É o gênio lusíada. É o espírito dos fundadores de um grande Império, cujo segredo se encontra nas raízes romanas e cristãs de que provém.

Tão grande tradição, pelos Brasileiros herdada dos Portugueses, constitui a força aglutinadora por excelência, reagindo contra a diversidade do meio físico, a complexidade dos aspectos étnicos e a extensão do espaço geográfico, e sustentando de pé, isento de futuras decomposições, o caráter definido de um dos maiores povos do Mundo.[20]
Voltemos, porém, ao Município. As liberdades deste, ou, em outros termos, as liberdades comunais provam à evidência que, como ponderou José Pedro Galvão de Sousa, o nosso Brasil, longe de haver sido simples colônia de Portugal em estado de servidão constitucional, foi logo integrado no grande Império edificado pelos portugueses, fruindo dos benefícios assegurados pela Coroa Portuguesa aos seus súditos de além mar.[21]

Patrimônio da Ordem de Cristo, governado pelo Grão-Mestre desta, que era El-Rei de Portugal, e, mais tarde, um patrimônio da Coroa Portuguesa, ou, no dizer de Arlindo Veiga dos Santos, uma “Província d’El-Rei”,[22] o Brasil se tornou independente de Portugal em 1815, com a criação do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e as consequentes elevação do Brasil à categoria de Reino e fundação do Estado Brasileiro.[23] Neste sentido, no ensaio Ocorrências no ano de 1822, enfeixado na obra D. Pedro I e Dona Leopoldina perante a História: Vultos e fatos da Independência, publicada pelo Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, Plínio Salgado sublinhou que o Brasil era independente desde o dia 16 de dezembro de1815, quando foi elevado a Reino, com governo próprio e justiça e administração próprias, gozando, a partir de tal data, de uma condição semelhante àquela da Comunidade Britânica de Nações.[24]

Como frisou José Pedro Galvão de Sousa, a Nação Brasileira que se levanta em 1822 em defesa dos seus brios e contra as injustas pressões das Cortes de Lisboa, encontrando no Príncipe D. Pedro, futuro Imperador, o arauto de suas legítimas aspirações, é a Nação orgânica, formada “após três séculos de uma institucionalização progressivamente realizada com um senso que se diria divinatório do futuro”.[25] Tem tal Nação por base, ainda conforme destacou José Pedro Galvão de Sousa, a célula política, o Município, sendo da “’coligação de municípios’ que se ergue o clamor de um povo disposto a pugnar, com ânimo varonil, pelas suas liberdades concretas negadas pelo liberalismo”.[26]

No Império, sobretudo a partir da Lei de 1º de outubro de 1828, que regulou as câmaras municipais, e do Ato Adicional de 1834, o Município perdeu grande parte de seu poder. Cônscio de tal fato, José de Alencar, em 1861, num dos seus primeiros discursos como Deputado Geral do Império pela Província do Ceará e pelo Partido Conservador, proclamou a necessidade de descentralização administrativa e de fortalecimento dos Municípios, defendendo a criação de “uma nova organização municipal no sentido de ampla descentralização administrativa” e louvando o “espírito de independência”, assim como o “zelo e o amor pelo bem público” que, em seu entender, haviam caracterizado as câmaras municipais da América Portuguesa durante os chamados “tempos coloniais”.[27]

Com o advento da República, após o golpe de Estado de 15 de novembro de 1889, a instituição municipal sofreu ainda mais violento golpe, tendo início então a sufocante ditadura dos governos estaduais, que até hoje sufocam os Municípios, anulando sua autonomia.[28]

Consoante escreveu José Pedro Galvão de Sousa, os estadistas do Império dirigiam a Nação Brasileira com base no Município, ao passo que, com o advento da República, os oligarcas passaram a exercer o seu mando nos Estados, explorando as Municipalidades.[29]

Foi em tal contexto que, na última década do século XIX e primeira da República, o médico, jornalista, escritor, sociólogo e historiador patrício Domingos José Nogueira Jaguaribe Filho, mais conhecido apenas como Domingos Jaguaribe, iniciou, na imprensa, uma autêntica “cruzada” em defesa do Municipalismo, inscrevendo, assim, o seu nome na História Pátria como o verdadeiro “Patriarca do Municipalismo”.[30]Um dos três principais fundadores do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, ao lado de Antonio de Toledo Piza e Estevam Leão Bourroul, e pioneiro de Campos do Jordão, Domingos Jaguaribe, cearense radicado na Província Bandeirante e, diga-se de passagem, republicano sincero e convicto, deu à estampa, em 1897, o seu livro O Município e a República, que, dedicado ao Papa Leão XIII e dividido em três volumes, se configura no coroamento de sua campanha em prol do Município e de sua autonomia.

Tratando, no terceiro volume de sua obra, dos principais males que afligiam o Município no Brasil do ocaso do século XIX e que, aliás, ainda afligem os Municípios brasileiros na hora presente, fez ver Domingos Jaguaribe que tais males seriam resolvidos com descentralização administrativa, autonomia municipal, uma “boa lei eleitoral, verdade financeira e mais patriotismo e menos política”[31] no sentido baixo do vocábulo.

Na obra Campos do Jordão, o presente passado a limpo, o advogado, poeta, historiador e escritor Pedro Paulo Filho transcreveu uma bela carta escrita por Plínio Salgado a 05 de maio de 1965 e endereçada a Sylvio Jaguaribe Ekman, neto de Domingos Jaguaribe. Considerando que tal carta contém as mais significativas linhas já escritas sobre Domingos Jaguaribe, reputamos ser mister aqui transcrevê-la:
Recebi com muito agrado a sua carta de 19 de março, endereçada para a redação do ‘Diário de São Paulo’, a qual só me foi entregue quando de minha estada nessa Capital, em fins de abril. Por ela, o prezado patrício me felicita pelo artigo que publiquei sobre o Paraíba e a Mantiqueira, referindo-me ao seu ilustre avô, Domingos Jaguaribe, por mim cognominado – o Pedro Álvares Cabral de Campos do Jordão.

Mas o Dr. Domigos Jaguaribe não foi apenas isso.

Espírito polimorfo, de variada cultura, não só se distinguiu no campo da ciência como psiquiatra e higienista, mas também no das atividades sociológicas e políticas.

Considero-o o patriarca do Municipalismo, pois foi o primeiro no Brasil a pôr em destaque a importância básica do Município na estrutura da Nacionalidade. 

Sob esse aspecto, muito influiu na formação do meu pensamento político, desde quando, levantando a bandeira das reivindicações municipais, fundei com o Dr. Gama Rodrigues o primeiro Partido Municipalista do Brasil e, posteriormente, coloquei como pedra angular da doutrina integralista, o Município.

Muito admirado fico, no atual momento brasileiro, quando essa idéia triunfou num movimento geral que determinou até uma reforma da Constituição, não se lembrando o nome de tão grande brasileiro, que eu colocaria como patrono do movimento.

Era ainda o Dr. Jaguaribe votado às pesquisas históricas e do seu valor temos como prova o livro que publicou sobre os Incas.

É lembrança das mais caras da minha juventude a manhã de chuva fina e fria em que, galgando os desfiladeiros do Baú, fui procurar o ilustre brasileiro em sua vivenda em Campos do Jordão para lhe pedir um trabalho a ser publicado num almanaque por mim organizado.

Encontrei-o bondoso e acolhedor, e, tendo eu apenas 20 anos, mereci dele uma palestra longa sobre problemas científicos.

Dentro de um mês, enviou-me interessantíssima monografia que publiquei. Se o neto deste grande homem tiver em seus arquivos e biblioteca dados completos da biografia de seu avô, correspondência (da qual seriam interessantes cópias) e os livros já esgotados (que eu tive e perdi na voragem de uma vida agitada) e me confiasse, ainda que por algum tempo – eu escreveria um artigo especialmente dedicado à memória do Dr. Jaguaribe...

Aí em São Paulo, há um outro admirador do Dr. Jaguaribe, que é o Dr. João Carlos Fairbanks, professor da Faculdade de Direito de Bauru e residente na Capital.

Se o prezado amigo tomasse contato com ele, poderíamos obter informações interessantes na atuação do Dr. Jaguaribe no que se refere ao Municipalismo.

Aguardando suas novas notícias, que devem ser endereçadas para a Câmara dos Deputados, em Brasília, é com o maior apreço que me subscrevo, Plínio Salgado”[32].
Inspirados pela campanha de Domingos Jaguaribe Filho em prol do Municipalismo, o Dr. Antônio Gama Rodrigues e Plínio Salgado criaram, em fins da década de 1910, o Partido Municipalista, primeira agremiação política do País a efetivamente defender os lídimos interesses do Município e que teve considerável penetração em toda a região paulista do Vale do Paraíba.

Mais tarde, Plínio Salgado colocou o Municipalismo como pedra angular de sua sólida e profunda Doutrina política, Doutrina esta que, como bem sublinhou Heraldo Barbuy, é necessária por firmar os conceitos autênticos do Homem, da Sociedade e do Estado,[33] e que se constitui, antes de tudo, como observou Francisco Elías de Tejada, numa “teoria da Tradição brasileira com traços de granítico castelo, destinado a suscitar adesões para quem queira em tempos vindouros conhecer a substância do Brasil”.[34]

Em 1948, Plínio Salgado redigiu o Manifesto Municipalista, lido por Goffredo Telles Junior na V Convenção do Partido de Representação Popular. No aludido Manifesto, consciente de que os Municípios são “os elementos naturais de que se compõe o corpo da Nação”, proclamou Plínio Salgado que “a palavra MUNICIPALISMO resume a nossa política”[35] e que “Municipalismo é o nome da nossa campanha: a campanha pelo fortalecimento dos Municípios brasileiros”, por ele chamada de “Cruzada Municipalista Nacional”.[36]

Encerramos estas linhas sublinhando que a instauração, no Brasil, de um sistema que conceda efetiva autonomia ao Município é uma condição fundamental para a existência da verdadeira representação popular, assim como para a grande obra de reconstrução nacional de que necessitamos.

#Victor Barbuy

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