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CARTA BRASILEIRA DA PROPRIEDADE E DO TRABALHO (MANIFESTO ECONÔMICO DA LEGIÃO DA SANTA CRUZ) 



Por Deus, pela Pátria, pela Família, pela Tradição, pela Justiça Social e pela justa Propriedade, inspirados nos ensinamentos do Evangelho, do Tomismo, da Doutrina Social da Igreja, do Distributismo, do Cooperativismo e do verdadeiro Corporativismo, proclamamos os seguintes princípios: 



I – Os bens econômicos, tanto naturais quanto artificiais, derivam de Deus, o Sumo Bem, que os colocou a serviço da Pessoa Humana, de modo que os bens existem para o Homem e não o Homem para os bens. 



II – Prevista no Decálogo e de acordo com a natureza humana, a propriedade, aceita como um bem necessário pelo consenso universal ao longo dos séculos, é um direito natural, cujo uso deve estar subordinado aos ditames do Bem Comum. Fruto do trabalho, a propriedade é a projeção do Homem no espaço, sobre os bens e sobre a terra, e também a projeção do Homem no tempo, pela transmissão das heranças, e possui um caráter a um só tempo individual e social. Este caráter simultaneamente individual e social da propriedade, sublinhado, dentre outros por Leão XIII, na Encíclica Rerum Novarum, e por Pio XI, na Encíclica Quadragesimo Anno, não enfraquece, mas, ao contrário, fortalece, robustece o direito de propriedade. 



III – A apropriação da terra e dos chamados bens de produção é plenamente legítima, uma vez que é conforme à natureza humana e posto que, em regra, tal regime assegura, de maneira mais eficaz do que qualquer outro, a utilização das riquezas. Deve o detentor da riqueza, porém, ter sempre em consideração o fato de que os bens materiais estão destinados por Deus, em primeiro lugar, para a satisfação das necessidades de todos. Assim, o direito de propriedade não pode e não deve ser exercido de modo injusto, em detrimento de outros ou da comunidade, ou, em outras palavras, o uso da propriedade se subordina ao exercício de sua função social, e, em razão disto, ao direito de propriedade corresponderão deveres, que o Estado, como guardião do Bem Comum, regulará e determinará, visando sempre a Justiça Social. 



IV – Destarte, de acordo com a tradicional concepção tomista e cristã da propriedade, concebemos a propriedade particular como uma propriedade individual em proveito de todos, nos opondo a um mesmo tempo à inexistência de tal direito e à concepção absoluta deste, e, conscientes de que os problemas da propriedade com mais propriedade se resolvem, defendemos a máxima difusão de tal direito. 

V – A propriedade, usada retamente, cumprindo a sua função social, é a sólida base da dignidade, da independência e das liberdades concretas das Pessoas e das Famílias, devendo ser sempre protegida pelo Estado, que, ao mesmo tempo, detém o direito de desapropriar, mediante prévia e justa indenização em dinheiro, a propriedade cujo detentor não cumprir os seus deveres em face da comunhão social. 



VI – A pequena e a média propriedade agrícola, profissional, artesanal, comercial ou industrial devem ser garantidas e favorecidas pelo Estado, que deve, ademais, fomentar a formação de cooperativas que lhes assegurarão todas as vantagens das grandes empresas. 



VII – Considerando que o capitalismo não é o regime da propriedade e da livre iniciativa, mas sim o sistema em que o sujeito da Economia é o Capital e em que o acréscimo ilimitado deste é considerado o objetivo final e único de toda a produção, bem como o sistema em que indivíduos e grupos de indivíduos podem usurpar as propriedades alheias por meio de trustes, cartéis, monopólios e oligopólios, nos proclamamos defensores da propriedade e, portanto, anticapitalistas, e, pugnando pela generalização da propriedade, fazemos nossas as seguintes máximas: “Menos capitalismo, mais propriedade!”; “menos capitalismo, mais capitalistas!” 



VIII – O direito de herança, que está estreitamente ligado ao direito de propriedade, é, assim como este, de essencial interesse social. O Estado não pode suprimir, direta ou indiretamente, a herança. Caso o faça, estará ele atentando gravemente contra o Bem Comum e ofendendo invioláveis direitos da Pessoa Humana e da Família. Entendemos que os atuais impostos sobre as heranças têm clara natureza confiscatória, atentando contra o princípio da propriedade, e julgamos que o Estado deva suprimir toda e qualquer tributação sobre a transmissão de heranças, preservando, assim, o patrimônio familiar na sua integralidade. Existem tributos justos, necessários ao Bem Comum e mesmo recomendáveis, como também existem tributos injustos, muitas vezes extorsivos e asfixiantes das riquezas nacionais. Estes últimos, evidentemente, devem ser extintos. 



IX – Não somos estatistas nem liberais. Não defendemos o Estado Máximo nem o Estado Mínimo. Sustentamos, sim, o Estado Necessário, indutor do desenvolvimento econômico e social, promotor do Bem Geral da Nação. Em outros termos, entre os dois extremos, a saber, o Estado-Providência, ou Estado-fetiche, do socialismo e o Estado-polícia do liberalismo, colocamo-nos numa justa linha intermédia, segundo a qual o Estado, de acordo com o princípio de subsidiariedade, deve interferir nas relações econômicas e sociais apenas quando isto for necessário, atuando onde os particulares não puderem fazê-lo, seja por insuficiência, por deficiência ou inconveniência. Nesta última hipótese se enquadra a exploração de bens vitais à segurança nacional, como é o caso dos minérios atômicos, ou à independência econômica do País, como é, atualmente, no Brasil, o caso do petróleo. 



X – Ente essencialmente social e político, o Homem não vive em Sociedade como um indivíduo isolado, sendo parte de diversos Grupos, Organismos ou Corpos Sociais Naturais. Assim, não é a Sociedade uma multidão amorfa de indivíduos, mas um conjunto orgânico e uma hierarquia de Grupos Naturais, cujas aspirações devem sempre chegar ao Estado, Estado que é, por seu turno, a síntese e o coroamento dos Grupos Naturais. 



XI – A Família, primeiro Grupo Social Natural e cellula mater da Sociedade, tem como alicerce a natureza humana, sendo anterior ao Estado, que deve preservá-la e jamais violentá-la. O Estado, que nasce da Família e dos demais Grupos Naturais integrantes da Sociedade, deve ser forte, sobretudo moralmente forte, para proteger a Família e os demais Corpos Intermediários. 



XII – Projeção do Homem no tempo, ligando-o ao Pretérito e ao Porvir, e também no espaço, sobre as demais pessoas, a Família, pequena grande associação em que recebemos a vida e grande parte da educação e de cuja vida depende a vida da Sociedade como um todo, deve ser provida de meios que lhe assegurem as suas justas liberdades e a sua independência econômica. 



XIII – Para a maior proteção da Família, célula básica e fundamental da Sociedade, pleiteamos a instituição do Bem de Família, totalmente isento de quaisquer impostos, assim como a instituição do Salário-Família e do Voto Familiar. 



XIV – A ordem social e econômica tem por fim promover o Bem Comum e realizar o Desenvolvimento Nacional e a Justiça Social, com base na liberdade de iniciativa, na função social da propriedade, na valorização do Trabalho, na harmonia, solidariedade e colaboração entre os diferentes segmentos da Sociedade e entre o Trabalho e o Capital, na difusão da propriedade, na expansão dos empregos e na repressão aos abusos de poder praticados pelos grandes grupos econômicos e financeiros nacionais e internacionais. 



XV – A harmonia, a solidariedade e a colaboração entre o Trabalho e o Capital decorrem do fato de ser este o produto da acumulação daquele, não podendo, evidentemente, um existir sem o outro. Não pode o Capital concentrar e absorver a totalidade dos frutos do Trabalho, como não pode o Trabalho dominar o Capital. Cumpre ao Estado impor a necessária disciplina a ambos, dentro de rigorosas e vigorosas normas de Justiça Social, de modo que tanto os detentores do Capital quanto os trabalhadores participem dos resultados e benefícios da produção de riqueza. 



XVI – O Trabalho é, a um só tempo, um direito pessoal e um dever social. Se o Capital participa dos resultados do Trabalho, é justo que o Trabalho participe, em justa medida, dos resultados do Capital. A dignidade da Pessoa Humana, criada por Deus à Sua imagem e semelhança, exige uma organização social em que o Trabalho não seja envilecido como uma mercadoria, como o tem sido no regime liberal-capitalista, dando-se a todos os Homens direito ao Trabalho, direito de cumprir um dever social e humano, em condições tais que o ponham integralmente a salvo da miséria e de toda a sorte de humilhações, permitindo que progridam e se desenvolvam moral, mental, social, política e economicamente, de acordo com as suas possibilidades e as suas capacidades. Em outras palavras, não se pode atribuir apenas ao Trabalho ou apenas ao Capital aquilo que é produto do concurso de ambos, sendo uma grande injustiça que um deles arrogue a si todos os frutos de tal concurso, como o fez o Capital, durante a nefasta era individualista-liberal que viu seu ocaso ao término da Grande Guerra de 1914-1918. 



XVII – O autêntico regime corporativo é o modo de organização baseado no agrupamento dos Homens de acordo com a comunhão de seus legítimos interesses e de suas funções sociais, tendo por necessário coroamento a representação pública e distinta de tais agrupamentos, representação esta que é absolutamente fundamental para que exista a autêntica representação política. 



XVIII – No autêntico regime corporativo, em que cada atividade profissional será representada e regulada por aqueles que a exercem, todos tornar-se-ão aliados e associados na grande obra do Bem Comum e da Grandeza Nacional, não havendo nele qualquer espaço para o ódio e a luta de classes. 



XIX – Base da autêntica organização corporativa, o direito de associação é um direito natural e, portanto, anterior ao Estado, que deve mantê-lo e protege-lo. 



XX – Como restou dito, o Trabalho, que, é ao mesmo tempo um direito pessoal e um dever social, não é e não pode ser tratado como um artigo de comércio, uma mercadoria que se compra e se vende. Deve ser ele tratado como coisa humana, necessária ao Homem para a sua subsistência e o seu desenvolvimento integral. Fruto do poder criador do Ente Humano, de seu sacrifício no cumprimento do dever, o Trabalho, que é um meio do Homem e não um fim em si mesmo, beneficia a todos e a cada um dos membros da Sociedade e contribui para o engrandecimento do Bem Comum. Parte do Homem na obra da produção, o Trabalho pode ser intelectual, técnico ou manual. Tais diferenciações, contudo, são de modos de ser e não de essência, sendo o Trabalho, com efeito, unitário do ponto de vista ético e em face do bem e das finalidades superiores da Sociedade e da Nação, devendo ser sempre protegido pelo Estado e por este coordenado no superior sentido da grandeza moral e material da Nação. 



XXI – Deve o salário corresponder às normais exigências da vida, de acordo com as condições do momento e do local. O Estado deve garantir a todos os trabalhadores um salário justo e digno, instituindo, juntamente com o Voto Familiar, o Salário Familiar. 



XXII – A Economia e as riquezas existem para o Homem e não o contrário. Tendo em vista este fato e o primado do Bem Comum sobre o bem particular, deve o Estado, como guardião e gerente do Bem Comum, exercer uma ação positiva sobre a vida econômica nacional, imprimindo uma direção à Economia e orientando-a no sentido de predomínio dos interesses sociais e nacionais sobre aqueles particulares. 



XXIII – Assim, a Nação Profunda e Tradicional, a Nação Autêntica e Verdadeira, ou, em uma palavra, a Nação Integral, poderá realizar a grandeza da Pátria, organizando-a numa Sociedade efetivamente orgânica e harmônica, moralizando-a e dando-lhe a verdadeira Justiça Social e o verdadeiro Progresso. 


Victor Emanuel Vilela Barbuy, 

São Paulo, 15 de junho de 2018. 



OBS: Além da Legião da Santa Cruz, subscreveram este documento as seguintes associações: Liga Distributista do Brasil, Grupo de Estudos Perillo Gomes, Frente Integralista Brasileira, Casa de Plínio Salgado e Centro de Estudos Professor Arlindo Veiga dos Santos. 


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É lastimável o fato de que, em nosso Brasil, pouquíssimas sejam as pessoas que sabem quem foi Gustavo Barroso, não havendo elas sequer ouvido falar deste homem tão brilhante ou – o que é ainda pior – tendo escutado somente as velhas e absurdas calúnias que a seu respeito repetem os inimigos da Pátria e os inconscientes a serviço destes. Como bem observa o companheiro José de Freitas Neules em seu significativo artigo 100 anos de Gustavo Barroso, publicado no jornal patriótico Ação Nacional em maio de 1988, “a cortina de silêncio que as forças antinacionais lançaram sobre seu nome e sua obra fazem com que hoje em dia seja quase impossível avaliar-se plenamente a contribuição de Gustavo Barroso para a História Nacional.” 

Nascido em Fortaleza, na Província do Ceará, a 29 de dezembro de 1888, o filho de Coronel Antônio Filinto Barroso e de D. Ana Dodt Barroso foi batizado com o nome de Gustavo Adolfo Luiz Guilherme Dodt da Cunha Barroso, posteriormente abreviado para Gustavo Adolfo Dodt Barroso. Assinou algumas de suas primeiras obras como Gustavo Dodt Barroso, até firmar-se nos universos cultural, literário e político pátrios como Gustavo Barroso, assim passando à posteridade. 

Advogado bacharelado em 1911 pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, professor, político, contista, folclorista, cronista, ensaísta, orador, historiador, geógrafo, museólogo, romancista, poeta e Imortal, Gustavo Barroso publicou 128 obras e foi membro da Academia Portuguesa de História, da Academia de Ciências de Lisboa, da Academia de Belas Artes de Portugal, da Sociedade dos Arqueólogos de Lisboa, do Instituto de Coimbra, das Sociedades de Geografia de Lisboa, Rio de Janeiro e Lima, da Sociedade Numismática da Bélgica e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e de vários Estados da Federação. 

Barroso teve seu primeiro livro, um ensaio poético a respeito da natureza e dos costumes do Sertão cearense intitulado Terra de Sol publicado, sob o pseudônimo de João do Norte, quando tinha apenas 23 anos de idade. Aquele jovem intelectual cearense, pouco depois de sua chegada à então Capital Federal, numa noite em que se encontravam reunidos os mais notáveis homens de pensamento daquela época, leu as páginas desta obra que – como disse Plínio Salgado em sua homenagem póstuma a Gustavo Barroso, proferida na sessão da Câmara Federal de 04 de dezembro de 1959 – “o tornaria um astro de primeira grandeza nas letras pátrias.” 

A respeito de temas nordestinos, escreveu Barroso, além do já mencionado Terra de Sol, Heróis e Bandidos (1917), obra-prima sobre o Cangaço indispensável àqueles que pretendem conhecer a fundo esse fenômeno sertanejo do qual Barroso, aliás, já tratara em Terra de Sol; Alma Sertaneja (1923); O Sertão e o Mundo (1924); Almas de Lama e de Aço (1930); Santo do Brejo (1933) e Fábulas Sertanejas (1948), dentre outros. É uma literatura regional, como a de Simões Lopes Neto no Rio Grande do Sul ou a de Valdomiro Silveira no interior de São Paulo, mas, como bem observa Plínio Salgado em sua há pouco citada homenagem póstuma a Barroso, é ao mesmo tempo “nacional, brasileira e expressiva de valores universais, porquanto – tem-se observado – aqueles escritores, como os russos, que tangeram a corda da regionalidade ou da nacionalidade tornaram-se universais.” 

Grande estudioso e pesquisador dos mitos e do Folclore pátrios, Barroso, “mestre incontestável do folclore brasileiro”, como escreveu Câmara Cascudo, no Dicionário do Folclore Brasileiro, publicou a obra Através dos Folk-lores (1927) e, em francês, Mythes, Contes et Légendes des Indiens du Brésil (1933). 

Em 1919, Gustavo Barroso - que fora secretário da Superintendência Geral da Borracha em 1913, no Rio de Janeiro, secretário do Interior e da Justiça do Ceará em 1914 e deputado federal por aquele Estado entre 1915 e 1918 – integrou, como secretário, a Delegação do Brasil à Conferência de Paz de Versalhes. 

Alguns anos mais tarde, mais precisamente em 1922, foi Barroso o criador, o fundador, o organizador do Museu Histórico Nacional, construído, em cada um de seus detalhes, por seu gênio e por seu profundo amor à Pátria do Cruzeiro. “Visitar aquele museu é – como bem notou Plínio Salgado – sentir a própria alma do grande escritor, apóstolo da brasilidade; é transmitir, geração por geração, o sentido da unidade da Pátria e do culto de seus heróis.” Um ano depois, Barroso, com apenas 35 anos de idade, foi eleito para ocupar a Cadeira 19 da Academia Brasileira de Letras, na sucessão de D. Silvério Gomes Pimenta, sendo recebido por Alberto de Faria. Como tesoureiro daquela instituição, Barroso administrou, naquele ano de 1923, a transferência da sede da Academia, do Silogeu Brasileiro para o prédio do Petit Trianon, que o Governo francês oferecera ao Governo brasileiro. Exerceu ainda os cargos de segundo e primeiro secretário e de secretário-geral e foi também presidente da instituição em 1932, 1933, 1949 e 1950. Foi designado, a 09 de janeiro de 1941, ao lado de Manuel Bandeira e Afrânio Peixoto, para coordenar as pesquisas e os estudos relativos ao folclore brasileiro. 

Como lembra Plínio Salgado, o que distinguiu Gustavo Barroso foi, antes de tudo, “a sua dedicada fidelidade e fervoroso amor às Forças Armadas da Nação.” Assistindo aos funerais daquele insigne brasileiro, Plínio Salgado não pode deixar de se recordar dos funerais do ilustre poeta, político e patriota Olavo Bilac e de comparar o autor de Terra de Sol, História Militar do Brasil e Brasil, Colônia de Banqueiros ao príncipe dos poetas brasileiros. Como Plínio Salgado, considero que – apesar de admirar imensamente o poeta de Via Láctea, de Tarde e de Caçador de Esmeraldas, o homem que dedicou aproximadamente um ano de sua vida à propaganda das glórias militares de nosso País, conclamando os jovens daquele tempo a seguir para os quartéis a fim de que iniciassem o serviço militar obrigatório que ora se instituía – foi Gustavo Barroso “maior, mais extenso, mais intenso do que Olavo Bilac” naquilo que tange à continuidade dos serviços prestados à nossa Defesa. Toda a vida de Barroso foi, com efeito, dedicada a incutir em nosso povo os dignos valores do culto das Forças Armadas e das glórias militares da Nação. 

No ano de 1918, publicou Gustavo Barroso um livro por nome Tradições Militares; em 1922, o livro Uniformes do Exército; em 1928, lançou sua obra A Guerra do Lopez, iniciando a formidável série de livros sobre as Guerras do Prata e a Guerra do Paraguai, de que fazem parte, além do citado A Guerra do Lopez, A Guerra do Flores (1929), A Guerra do Rosas (1929), A Guerra do Vidéo (1930) e A Guerra de Artigas (1930). Em 1932, escreveu Osório, o Centauro dos Pampas e no ano seguinte publicou Tamandaré, o Nélson Brasileiro. No ano de 1935, lançou a História Militar do Brasil, obra que focaliza magistralmente a evolução de nossas Forças Armadas desde o Descobrimento até o século XX e que teve origem nas notáveis aulas do curso de História Militar do Brasil que, a pedido de Plínio Salgado, Gustavo Barroso deu aos inúmeros oficiais do Exército e da Marinha que faziam parte do Movimento Integralista. 

Foi graças à iniciativa de Barroso criado o Regimento dos Dragões da Independência, cujo uniforme foi desenhado por ele próprio, após longa e criteriosa pesquisa dos originais da Imperial Guarda de Honra, que remontam ao tempo de D. Pedro, o primeiro do nome, são inspirados nos uniformes da cavalaria napoleônica e foram retratados por Debret e posteriormente por Pedro Américo em seu famoso quadro Independência ou Morte.
Plínio Salgado jamais se esqueceu da noite em que conheceu Gustavo Barroso, como observa em sua homenagem póstuma: 
tinha eu, em outubro de 1932, lançado um manifesto à Nação e em 1933 iniciei uma série de conferências doutrinárias que se realizavam na Associação dos Empregados no Comércio do Rio de Janeiro. Eu era um desconhecido, vinha pregar uma idéia: alguns amigos à esquina convidavam os passantes a subir ao segundo andar para escutar um homem que dizia algo novo. Uma noite, a sala se encontrava cheia. Falava eu do problema do livre arbítrio e do determinismo histórico, demonstrando que o homem possui poder optativo, deliberativo e criador, capaz de interferir no curso da História e modificar-lhe a direção. Conciliava, segundo a doutrina da filosofia integral, o livre arbítrio, o determinismo e o providencialismo, quando, ao terminar um homem levanta-se de uma das últimas filas, aproxima-se de mim. Eu não o conhecia pessoalmente. Ao se aproximar pede-me um distintivo do Movimento por mim lançado; entreguei-lhe o que tinha na lapela e perguntei quem era. Responderam-me: é Gustavo Barroso, Presidente da Academia Brasileira de Letras. Nossa amizade selou-se naquela noite mediante o pacto profundo do amor da Pátria, na comunhão perfeita de idéias pelo ressurgimento do Brasil, pela reconstrução do grande Império que outrora teve tão grande influência na política das Américas e que em nossa temporaneidade como que definhava e morria. 

Nessa ocasião nossas almas vibraram em uníssono, sonhando atualizar, por uma reconstituição histórica, todas as glórias do passado, aquelas glórias vitais que nos animavam. Desde então, selamos um pacto de fraterna amizade, de dedicação por inteiro à nossa Pátria, para arrancarmos o Brasil da situação de pequeno País, desrespeitado e sem voz no concerto internacional, e levá-lo, de qualquer maneira, a mais larga repercussão, exprimindo a consciência dos povos do Novo Mundo. 
Desde esse momento, Barroso e Plínio lutaram lado a lado, e Barroso tornou-se, como Chefe das Milícia Integralista, o virtual segundo homem da Ação Integralista Brasileira e também um dos maiores doutrinadores do Integralismo. 

Foi como doutrinador do Integralismo que Barroso escreveu grandes livros como O Integralismo em Marcha (1933); O Integralismo de Norte a Sul (1934), O Quarto Império (1935), A Palavra e o Pensamento Integralista (1935), O Que o Integralista Deve Saber (1935), O Integralismo e o Mundo (1936), Espírito do século XX (1936), Integralismo e Catolicismo (1937) e Comunismo, Cristianismo e Corporativismo (1938). 

O maior livro de Barroso escrito no tempo em que este militou nas coortes do Sigma foi, contudo, sem dúvida alguma, Brasil, Colônia de Banqueiros (1934), obra que espanta a todos pela clareza e sinceridade com que mostra como o Brasil deixou de ser colônia de Portugal para se tornar colônia da alta finança internacional, do supercapitalismo apátrida e sem alma, dos grandes grupos financeiros como o dos Rothschild. Mas a mensagem de Barroso em Brasil, Colônia de Banqueiros é, antes de tudo, uma mensagem de esperança, uma mensagem de fé na redenção da Pátria. Esta grande obra, produto do mais sadio nacionalismo, foi recebida com entusiasmo pelos críticos e pela imprensa não apenas do Brasil, mas de todo o Mundo, representou um ato de imensa coragem da parte de Gustavo Barroso e deveria ser lida e meditada por todos os autênticos patriotas de nosso País, em especial por aqueles que pretendem influir nos destinos da Nação. 

Gustavo Barroso faleceu no Rio de Janeiro a 03 de dezembro de 1959. Dois anos antes, mais precisamente em 06 de novembro de 1957, por ocasião da celebração do centenário do romance O Guarani, de José de Alencar, compusera, juntamente com Antônio Gondim, o Hino de Fortaleza. 

Fazemos nossas as palavras finais do Dr. Elimar Máximo Damasceno (PRONA-SP), em seu belo discurso em homenagem à memória do assinalado acadêmico e político cearense Gustavo Barroso, proferido na Câmara Federal durante a sessão de 18 de junho de 2003, esperando que “minha modesta iniciativa contribua para tornar mais conhecida a participação desse cidadão invulgar na constituição do patrimônio simbólico nacional”, e dando, como o insigne parlamentar do partido de Dr. Enéas Carneiro, os nossos parabéns ao povo do Ceará!

E, para encerrar esta pequena homenagem a Barroso, reproduzimos um trecho do belíssimo capítulo VI da obra Brasil, Colônia de Banqueiros, onde o Imortal se refere à ocasião em que, no zoológico da então Capital Federal, comovera-se ao ver um condor andino preso em uma gaiola por demais apertada e reconhecera naquele condor prisioneiro a imagem do nosso espoliado
BRASIL,

Brasil, Brasil, meu querido Brasil, não te concentres mais, como o condor prisioneiro, na tua grande dor! A tua concentração e o teu desprezo eles chamam de preguiça, de inércia, de jecatatuísmo. Estás sendo caluniado. Vamos, acorda do marasmo de teu desespero, distende as asas possantes e soberbas, amola o bico anavalhante, desembainha as lâminas das garras formidáveis! Eia! Prepara-te para o combate aos urubus traiçoeiros e nefandos!

Escuta! Não ouves, no fundo dos séculos, esse retumbo soturno de passos que marcam a imensidão das tuas terras virgens povoadas de onças, papagaios e índios nus, todos empenachados de palmeiras verdes? São as botas dos bandeirantes, cujo ritmo embalou o teu berço de taquara. Não ouves agora outro tropel mais próximo, um tropel que os teus ouvidos nunca ouviram? São os passos de novos bandeirantes, são os homens vestidos de verde, vestidos da cor da esperança, que vêm quebrar as grades de ferro e as grades de ouro desta prisão!Então, ó grande e infeliz Condor Brasileiro, com um grito triunfal que espantará todos os urubus em todas as carniças do planeta, tu desfraldarás o pálio magnífico das grandes asas que Deus te deu para os grandes vôos e subirás para as alturas azuis do espaço. E a vasta sombra das tuas asas passeará vitoriosa sobre o mapa das nações! 
#Victor Barbuy

*Versão revista de artigo escrito em maio de 2006 e originalmente publicado no portal da Frente Integralista Brasileira e no blog pessoal do autor. 
Liberalismo e Comunismo duas degenerações materialistas.
Estamos em ano eleitoral e toda vez é a mesma ladainha: "precisamos investir em saúde, em segurança e educação"; como se tudo se resolvesse com alguns trocados. Avancemos, porém, para além dos jargões; comecemos pela educação, que segundo o mantra moderno é a fórmula mágica para a superação da violência. Acaso aulas de Geografia vão fazer o ladrão hesitar durante o roubo? O Teorema de Pitágoras já tirou alguém das drogas? A atual configuração do sistema educacional não trará nenhuma contribuição para a solucionática dos problemas sociais uma vez que a escola não visa cultivar o amor a sabedoria, formar sábios, civilizar os povos, mas tão somente capacitar seus alunos para "passar no vestibular". Não adianta apenas investir no setor, é preciso transformar o sistema, de modo a restaurar seu papel cívico e moral, somente desta forma a educação terá algum impacto positivo sobre a redução da criminalidade. 

Criminalidade, já que tocamos no assunto continuemos o raciocínio falando sobre a segurança pública. A solução para este dilema encontra-se sobretudo na tríade: CINTA, CENSURA e MISSA. Cinta, a coerção, educação (no real sentido do termo) familiar. Ora, não é segredo para ninguém que famílias desestruturadas geram pessoas perturbadas, e pessoas perturbadas tornam-se criminosos; é preciso pois fortalecer a família tradicional a fim de que a prole cresça em um ambiente sadio. Censura, o poder estatal que deve coibir e castigar todos os comportamentos prejudiciais ao bem-estar da nação. Missa, religião, a Igreja civilizou os povos; um homem que teme a Deus não rouba e não mata. Mas o que faz nossa sociedade? Despreza a família e louva degenerações, exalta pares antinaturais, incentiva a promiscuidade e o divórcio, ataca a religião e se abstém do uso coercitivo do estado, "é proibido proibir". "é feio castigar"; diante de tais anti-valores, como se surpreender que o resultado seja caos social? Quem semeia vento colhe tempestade. 

Passemos por último a saúde, é preciso entender o motivo pelos quais os hospitais estão superlotados: pelo fato de se incentivar e favorecer comportamentos doentios. Não se tem louvado a promiscuidade sexual? Ora o reflexo imediato no setor da saúde é a proliferação de DSTs e o surto de doenças psicológicas. Não se deixa livre o mercado de alimentos para o consumo de qualquer porcaria? Que outro resultado seria esperado que não o aumento vertiginoso de problemas como a obesidade, a cirrose e o câncer? 

O problema não é a saúde, a educação ou a segurança pública; o problema é uma cultura maldita e degenerada expressão de uma anti-civilização. Anti-civilização esta gestada no seio da ignomínia liberal; uma ideologia que despreza a família e a religião, que rejeita qualquer autoridade e coerção, que prega uma liberdade absoluta que tão logo transforma-se em libertinagem. 

Mais do que uma mera troca de cargos, precisamos de uma verdadeira Revolução Cultural, ou antes uma Contra Revolução.

#Edmundo Noir
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Caros nesta semana comemoramos a semana santa onde refletimos sobre os mistérios centrais de nossa salvação e sobre os eventos que a oportunizaram: a paixão, morte, e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Cristo assume a figura do servo sofredor tipificada pelo Profeta Isaías. Em todos os profetas que foram perseguidos e mortos antes de Cristo vemos prefigurada sua paixão.

Logo importa entendermos qual foi exatamente a natureza de sua condenação a morte, da qual muito se fala mas pouco se entende.

É comum dizer que Jesus foi levado a julgamento por dois processos: um político, dirigido a Pilatos, governador romano da Judéia, onde constava a acusação de que ele tinha se feito Rei dos Judeus. Outro religioso dirigido a Caifás, sumo sacerdote e chefe do Sinédrio naquele ano, tribunal penal religioso ligado a estrutura sacerdotal do Templo de Jerusalém. No processo religioso Cristo era acusado de se fazer o Filho de Deus.

Jesus tinha se declarado Messias e pretendia para si a dignidade real mas de um modo diferente. Reivindicar isso era um delito para a Lex Romana.

Afinal quem de fato desejaria a morte de Jesus? O Evangelho de João sublinha a atuação da liderança do templo e da aristocracia e chama-os de judeus ( Pois as lideranças na medida em que são autoridades constituídas representam o povo inteiro); Marcos em seu evangelho indica com o termo “Ochlos” que foi a massa quem quis a morte de Cristo. Ou seja autoridades e o povo queriam a morte de Jesus. Todo o povo e todas as autoridades? Não é claro! Haviam partidários de Jesus no Sinédrio e entre o povo mas estes eram minoria. Daí podemos inferir que o povo judeu se tornou culpado da morte de Deus pelo fato de o pecado das autoridades ter sido imputado a todo o conjunto do povo judeu. Era assim que Deus agia no Antigo Testamento: quando sacerdotes e reis pecavam, todo o povo era punido. Alguns dirão que essa linguagem se trata de uma metáfora, mas não é assim; a revelação sempre ensinou que o pecado do povo era sempre reflexo dos pecados de seus guias, de seus líderes. Toda sociedade é reflexo de suas autoridades que são os que dão o tom para as massa; dão as elites que dirigem a sociedade e se elas estão corrompidas, corromperão os demais grupos sociais. Assim a culpa da elite judaica da época se estende a todo corpo nacional, a todos os judeus. Não a toa a Tradição Católica classifica-os como deicidas. Há que lembrar das conseqüências coletivas dos pecados individuais. Uma prova do que dizemos é o enfoque do Evangelho de São João. Quando ele foi escrito havia uma dura perseguição do Império Romano aos cristãos. Por que então João adotou um enfoque que culpabilizava sobretudo os judeus e não os romanos? João tinha motivos para retratar Pilatos como maior culpado em face da perseguição de Roma, mas não o fez preferindo ressaltar no processo de Jesus que os judeus eram de quem falava quando disse que “aqueles que te entregaram a mim tem maior culpa“; certamente João preferiu ser fiel aos fatos históricos.

Embora a maior culpa fique com os judeus, Pilatos não pode ser absolutamente desculpado pelo crime de ter condenado Deus Filho a morte na Cruz. Por quê ?

Em geral há a tendência de apresentar Pilatos como um político pragmático que não quis se envolver com o caso para não por em risco sua relação com Roma e com o Imperador Tibério.A Palestina era um problema geopolítico para o Império; era um local estratégico de ligação entre Ocidente e Oriente, área de rotas comerciais importantes, fundamental para garantir o controle e a defesa do vasto território imperial mas ao mesmo tempo foco de constantes revoltas lideradas por fanáticos que tencionavam restaurar o tempo de Davi e a pureza da religião judaica e da terra de Israel comprometida com a ocupação de um império pagão.

Pilatos interroga Jesus e nesse interrogatório faz a célebre Pergunta : “ Tu és Rei?”; da resposta dada a ela dependia o destino de Jesus. E Ele responde “sim eu o sou mas meu reino não é deste mundo”. Que pensou Pilatos de tal conceito de reino e de realeza? Jesus liga a sua realeza a VERDADE. Jesus diz que a essência de sua realeza é o testemunho da verdade.

A questão que nasce daí é a seguinte: Pode a política assumir a verdade para a sua estrutura? Ou deve deixar a verdade restrita ao âmbito pessoal, subjetivo e tentar assim criar a paz e a justiça só com os critérios do poder?

Hoje em dia dada a dificuldade de se encontrar um consenso sobre a verdade cada vez mais se propõe como caminho político o relativismo e o pragmatismo. No entanto sem a verdade é possível a justiça? Não é verdade que as grandes ditaduras totalitárias existiram graças a mentira ideológica e que só a verdade traz a libertação?

São Tomás diz que “ a verdade está no intelecto de Deus em sentido próprio e em primeiro lugar enquanto no intelecto humano está em sentido derivado” (De veritatis , q. 1 , a. 4c). O mundo é verdadeiro na medida em que reflete Deus. O homem se torna verdadeiro quando se conforma a Deus. Deus é a medida do ser. A perdição do mundo consiste em que os homens não decifram a verdade, não reconhecem a verdade o que conduz ao domínio do útil de do cômodo, e deste modo faz do poder dos fortes o deus deste mundo. A realeza de Jesus é o reino da Verdade.

Pilatos será então ameaçado pelos Judeus “se o soltas não és amigo de César” (Jo 19, 12). A preocupação de Pilatos com a carreira e com o poder foi mais forte que sua convicção de que Jesus era um homem justo.

O processo de Jesus revela então o drama da existência humana no mundo.

Para entendermos isso preciso é voltarmos nosso atenção para o Mito da Caverna, do Filósofo Platão.

O Mito da Caverna, também conhecido como “Alegoria da Caverna” é uma passagem do livro “A República” do filósofo grego Platão. É mais uma alegoria do que propriamente um mito. É considerada uma das mais importantes alegorias da história da Filosofia. Através desta metáfora é possível conhecer uma importante teoria platônica: como, através do conhecimento, é possível captar a existência do mundo sensível (conhecido através dos sentidos) e do mundo inteligível (conhecido somente através da razão). O mito fala sobre prisioneiros (desde o nascimento) que vivem presos em correntes numa caverna e que passam todo tempo olhando para a parede do fundo que é iluminada pela luz gerada por uma fogueira. Nesta parede são projetadas sombras de estátuas representando pessoas, animais, plantas e objetos, mostrando cenas e situações do dia-a-dia. Os prisioneiros ficam dando nomes às imagens (sombras), analisando e julgando as situações. Imaginemos que um dos prisioneiros fosse forçado a sair das correntes para poder explorar o interior da caverna e o mundo externo. Entraria em contato com a realidade e perceberia que passou a vida toda analisando e julgando apenas imagens projetadas por estátuas. Ao sair da caverna e entrar em contato com o mundo real ficaria encantado com os seres de verdade, com a natureza, com os animais e etc. Voltaria para a caverna para passar todo conhecimento adquirido fora da caverna para seus colegas ainda presos. Porém, seria ridicularizado ao contar tudo o que viu e sentiu, pois seus colegas só conseguem acreditar na realidade que enxergam na parede iluminada da caverna. Os prisioneiros vão o chamar de louco, ameaçando-o de morte caso não pare de falar daquelas idéias consideradas absurdas.

Os seres humanos tem uma visão distorcida da realidade. No mito, os prisioneiros somos nós que enxergamos e acreditamos apenas em imagens criadas pela cultura, conceitos e informações que recebemos durante a vida. A caverna simboliza o mundo,no seu estado de desordem, mentira e pecado, pois nos apresenta imagens que não representam a realidade. Só é possível conhecer a realidade, quando nos libertamos destas influências culturais e sociais, ou seja, quando saímos da caverna. O sol que ilumina o mundo externo é símbolo do Bem que para Platão é o Deus supremo. Este bem é a verdade que ilumina e liberta das trevas .A verdadeira realidade não é a aparência do mundo mas Deus mesmo.

Platão ao falar de um homem que se livra da caverna e volta para esclarecer seus amigos usa uma alegoria para falar de Sócrates que foi condenado a morte em Atenas por causa da filosofia ou seja de seu amor a verdade. Sócrates acusa os líderes de Atenas de não governarem segundo a verdade; será isso o que irá motivar seu assassinato. Sócrates é um tipo de Cristo, uma prefiguração do messias que vindo a este mundo de trevas o ilumina com a verdade.

O mesmo que se deu com Sócrates se dá com Cristo; ele ao acusar as autoridades de seu tempo irá atrair para si a ira delas. Cristo as acusa de distorcer a lei de Deus, de hipocrisia, de exploração dos fiéis, de terem transformado o templo em covil de ladrões.

Uma tal acusação só poderia atrair para Cristo o ódio.E nela está expresso o ódio a verdade que é marca do homem desde sua queda no paraíso. O homem ao escolher a si odiou a Deus que é a verdade e se tornou filho do Pai da Mentira que é Satanás.

O processo de Jesus é a narrativa da luta entre o reino de Deus e o Reino do Diabo, entre a cidade de Deus e a cidade dos Homens , entre e Jerusalém celeste e a Babilônia (cidade que representa o orgulho e o pecado dos homens).

No fim em Pilatos venceu a interpretação prática do direito: mais importante que a verdade, para Pilatos era a “pacificação”. A não condenação de Jesus podia prejudicá-lo e também provocar revoltas e desordens que era preciso evitar.

Para Pilatos a paz foi mais importante que a justiça. Naquela hora Jerusalém tranquilizou-se. Mas no decorrer da história o fato de que a paz não pode ser estabelecida contra a verdade iria manifestar-se.

Tal drama prova a ilegitimidade das tentativas atuais do clero católico, através de ecumenismos, diálogos interreligiosos e colaboração com os poderes deste mundo aceitando princípios como laicidade, separação estado–igreja, liberdade religiosa, de estabelecer uma paz civil, uma convivência pacífica entre diferentes culturas e credos , sem a verdade. Isso nos lembra o escândalo dos Encontros de Assis onde ao invés de gritar em bom e alto som que só NOSSO SENHOR JESUS CRISTO é a verdade, entregaram igrejas e templos católicos para que pagãos adorassem falsos deuses tudo com a aprovação das altas autoridades católicas. Não há paz fora da realeza de Cristo, a paz sem a verdade é calmaria momentânea , aparência de tranqüilidade.

Que a Paixão de Cristo nos faça tomar consciência da necessidade de lutar contra a Nova Ordem Mundial que quer fundir todas as religiões dentro de um ideal ecológico , pacifista e ecumênico onde a verdade que é Cristo será relegada a segundo plano.Resistamos também ao projeto de demolição da verdade dentro da Igreja onde clérigos impõem a agenda do relativismo.

Uma santa semana santa para todos!

#Rafael Queiroz
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Mais uma vez Luís Inácio Lula da Silva, liso qual sabonete, escapa das consequências de suas ações através de manobras e jurisprudências sombrias do Supremo Tribunal Federal, este antro de prostituição jurídica que já havia no passado liberado o aborto de anencéfalos, e que recentemente através da figura de Gilmar Mendes libertou figuras chave da corrupção republicana como Jacob Barata Filho, Adriana Anselmo (esposa de Sérgio Cabral) e outros que não cabe citar agora.

Com todos estes acontecimentos bombásticos, mas nada surpreendentes, tanto a direita liberal “conservadora” (que não decidiu ainda o que quer conservar) e a esquerda frouxa dos tempos modernos vibram, um lado por decepção e outro por êxtase. Para a esquerda Lula é o salvador incompreendido do Brasil, um estadista injustiçado pela burguesia e por quaisquer outros que a dialética esquizofrênica e doentia dos socialistas enxergarem como bode expiatório. 

Para a direita é o fim dos tempos, a criação agoniza ao ver tamanha injustiça e o próprio Deus deveria descer a terra para proclamar o fim do Brasil e assinar o decreto sagrado que permite aos Estados Unidos e a Israel conquistarem nosso país. Enquanto isso a reserva de sanidade e bom senso do país, isto é, os que ainda se esforçam para permanecerem apenas católicos sem inclinações ideológicas toscas, observam com grande incompreensão estas reações. 

Cabe a qualquer pessoa de bom senso perguntar a si mesma neste momento: A prisão de Lula representa uma vitória real no jogo de poder da política? 

Respondemos com absoluta certeza: NÃO.

Lula, como qualquer outra figura do nosso cenário político não passa de mais uma marionete nas mãos de oligarquias globais e conluios sombrios que desde sempre trabalham para descarrilar a locomotiva da nossa soberania e entregá-la a agendas políticas que em nada representam os anseios verdadeiros do Brasil. A prisão de Lula findaria o império da corrupção, do tráfico de influências e a leniência do Estado para com seus usurpadores, sejam eles membros do governo, traficantes ou lobistas nacionais e internacionais? Respondemos com absoluta certeza: NÃO! 

A prisão de Lula desarticularia a esquerda e suas agendas no país? Não. 

Na verdade causaria uma radicalização dos coletivos socialistas e da dialética revolucionária, já que enxergam neste fantoche infame a salvação do país. A Lava Jato tem seus méritos, mas não é capaz de resolver os problemas do país, pois os problemas do país não estão condensados na figura de Luís Inácio Lula da Silva. 

Enquanto esquerdas e direitas perdem o sono por um mero peão, as ‘torres’ por trás das cortinas continuam a trabalhar para entregar o patrimônio do país ao sistema financeiro e continuar o processo de desindustrialização e sucateamento do patrimônio Brasílico, bem como o esfacelamento da moral; fará isso com ou sem a esquerda, com ou sem Lula. É seguro dizer que aquilo que convencionamos chamar de “sistema” pode fabricar ao seu bel prazer outros “Lulas”, de maneira que lutar para destruir estas figuras menores é um desperdício de esforço que produzirá apenas resultados pífios e de curto prazo. 

O problema do Brasil, portanto, não está nesta ou naquela figura. Tampouco nas liminares que o STF concede ou deixa de conceder.

O problema está nos alicerces da República e nos seus agentes diretos ou indiretos; no laicismo, no progressismo burguês e o seu espírito virulento e contagiante, na Maçonaria Judaica, no poder das elites financeiras, na apostasia das nações. 

Lutemos, pois, antes de tudo, pelo Reinado Cristo!

Pois aí, não haverá solo fértil para “Lulas” e quaisquer outras figuras endemoniadas.

#César Maciel

O curso em tela pretende tratar seja do desenvolvimento da maçonaria no ocidente, suas origens e natureza, quanto do seu papel na demolição da cristandade católica passando pelo processo de formação de um poder global laico/secular que representa a nova torre de babel. O curso vai na linha de uma teoria da conspiração, mas de uma teoria consequente que se quer fundada e científica. Um dos fitos do curso é dar um embasamento sério, histórico e metódico aos fatos elencados sobre as conjuras dos pedreiros livres. Outrossim este curso pretende formar uma militância que possa vir a formar futuros quadros para a luta política contra o influxo maçônico na sociedade e em prol do reinado social de Jesus Cristo. 

Ele será dividido em módulos onde, em cada um deles, se tratará de um tema central. O curso é gratuito e se presta a divulgação e formação exigindo apenas a leitura e a dedicação de cada inscrito. 

O professor Rafael G. Queiroz, dono do canal Via Romana e membro do Legião da Santa Cruz, que é quem disponibilizará o curso, apenas pedirá, aos participantes, que ajudem esta iniciativa financeiramente como permitirem os seus recursos. A ajuda tem por fim, apenas, melhorar a qualidade de nossos vídeos e investir no compartilhamento do nosso material; este curso não tem fins lucrativos. 

Segue abaixo a estrutura do mesmo. 

OBJETIVOS

-Objetivo geral: demonstrar a historicidade da atuação maçônica no que tange as revoluções que derrubaram a ordem cristã no ocidente. 

-Objetivos específicos: estabelecer um método de pesquisa que dê conta de rastrear a atuação das sociedades maçônicas; apresentar as fontes basais para o estudo do assunto; avaliar, criticamente, as hipóteses da origem da maçonaria e rastrear sua doutrina; especificar o modus operandi da maçonaria nas revoluções liberais do século 18/19 e nos fatos históricos do século 20; entender a atuação da maçonaria na história do Brasil. 

MÉTODO

- O método do curso será pautado, basicamente em aulas expositivas e material de leitura a ser transmitido passo a passo a medida que os temas forem sendo destrinchados. A metodologia de trabalho em cima das fontes segue a dinâmica estabelecida por Henri Delassus em sua obra “Conjuração Anticristã”. Nela fica estabelecido que a forma de investigação das ações maçônicas é a da análise indireta, ou seja, como o objeto de pesquisa – maçonaria – se esconde nas sombras – dado que estamos falando de uma sociedade semi/secreta ou discreta – o rastreamento de suas ações só pode ser feito a partir de uma costura teórica em torno de conclusões prováveis que se fundam em cima de sinais ou fatos que aparecem aqui e ali, apesar de todo o secretismo e cuidado maçônico. Deste modo não podemos lidar com evidências, no que tange ao método investigativo, pois o método maçônico de ação consiste, justamente, em fazer de tudo para impossibilitar as evidências. Trocando em miúdos, a maçonaria, para ser bem sucedida precisa agir como um criminoso que pretende ficar impune e que, portanto, some com o corpo da vítima. Neste aspecto, para reconstituir a trama do crime é preciso se valer de outros elementos que não tem relação com a evidência material do fato. A metodologia de trabalho sobre a história das ações maçônicas apela a lógica argumentativa e a fatos que, vez ou outra, vem a tona a partir de documentação que, por uma razão ou outra, acaba sendo revelada – como no caso dos planos de Weishaput, descobertos pela polícia régia e depois analisadas e explicadas por historiógrafos.

BIBLIOGRAFIA

Aqui apresentamos apenas uma lista básica e introdutória ao tema o que não nos impedirá de expor uma bibliografia mais extensa ao longo do curso. 

  1. ATIENZA, Juan G. La mistica solar de los templarios. Barcelona: Martinez Roca, 1983 
  2. BOUCHER, Jules. La Symbolique maçonnique. Editeur Dervy, 1990. 
  3. CERVERA, Juan Antonio. La red de poder. Madrid. Dyrsa, 1984. 
  4. CUÑAT, Chema Ferrer. Los templarios y la secta de los Asessinos. In Codex Templi - Los misterios templarios a la luz de la Historia y de la Tradición. Santillana Ediciones Generales. Madrid: Abril 2006 
  5. DELASSUS, Henri. A Conjuração Anticristã. Editora Castela. 
  6. DEWAR, James. Esquema filosófico da la masonería. Madrid: Editorial Istmo, 1981. 
  7. DURÃO, José Ferreira. Pequena História da Maçonaria no Brasil (1720-1882). São Paulo: Madras, 2008. 
  8. FERER, Jose A. El conturbenio judeo-masónico-comunista. Madrid: Istmo, 1982. 
  9. LARREY, Gonzalo Sanz; LOPEZ, Carlos Mayor. La Masonería, de la A a la Z. Madrid: Ediciones Jaguar, 2006. 
  10. MARILLIER, Bernard. B a ba Templários. Lisboa: Hugin, 1998. 
  11. PALOU, Jean. A Franco-Maçonaria Simbólica e Iniciática. São Paulo: Pensamento. 

CONTEÚDO


Primeiro módulo: Introdução ao estudo das Conjuras Maçônicas 

  • Aula 01 | O que é a franco maçonaria e sua origem/ introdução a questão historiológica do papel maçônico – Parte 1
  • Aula 02 | O que é a franco maçonaria e sua origem/ introdução a questão historiológica do papel maçônico – Parte 2
  • Aula 03 | O contexto do fim do medievo e a renascença/hermetismo e esoterismo - Parte 1
  • Aula 04 | O contexto do fim do medievo e a renascença/hermetismo e esoterismo - Parte 2
  • Aula 05 | Reforma como filha do hermetismo da renascença: a “liberdade” protestante e a destruição da sociedade católica – Parte 1. 
  • Aula 06 | Reforma como filha do hermetismo da renascença: a “liberdade” protestante e a destruição da sociedade católica – Parte 2. 

AVISOS E OBSERVAÇÕES

As aulas serão lançadas, em média, a cada 15/20 dias. A primeira aula será lançada dia 21/03

As inscrições devem ser realizadas pelo e-mail legiaodasantacruz@gmail.com constando de:

-Nome completo;
-Email;
-Cidade;
-Escolaridade.

A inscrição visa, apenas, o controle do número de participantes e a criação duma lista para envio de material. 

As inscrições devem ser feitas até o dia 04/04.

Um futuro certificado de horas e participação estará condicionado a situações que ainda estamos a resolver. Em breve poderemos dar um parecer sobre isso. 

Bem vindos ao curso! 

Att, prof. Rafael G. Queiroz.
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Imagine o leitor que more em um grande centro urbano, um lugar gigantesco, cinza, extremamente populoso, com quase total ausência de "áreas verdes". Esta selva de pedra, sem dúvida, o tornaria mais propenso a alimentar fantasias apocalípticas: “o mundo está superpovoado”; “estamos destruindo a natureza”; “o ser humano é uma chaga no planeta”; e outras tolices mais. Alimentando tais fantasias, estaria, porém, apenas seguindo o coro midiático, com o adendo de justificar-se por uma experiência intima e pessoal. Todavia, tal experiência seria de sobremaneira local e não global. Se é evidente que as modernas megalópoles são um barril de pólvora, isto não se aplica a experiência humana no resto do planeta. Tratemos apenas do Brasil, provavelmente não sabe o leitor , mas apenas 4% do território nacional é ocupado por áreas urbanas, sendo além disto, a maioria delas pequenas e médias cidades. Diante de tal estatística falar em superpopulação é no mínimo risível. E se formos estender o raciocínio a nível global, em que países como o Japão correm o risco de desaparecer devido à baixa taxa de natalidade da população, a alegação malthusiana se torna ainda mais cômica. 


Voltemos a questão da destruição das florestas, florestas tais que, se pensarmos apenas em mata nativa, no Brasil ocupam 66% do território nacional. Haja vontade para desmatar tudo isso, não rsrs? Além de que, a grande vilã apontada por derrubar as arvorezinhas, a “maligna” agricultura, não chega a ocupar nem 10% do território nacional. Para ser mais exato, 7%, e com um uso tão modesto da terra já somos conhecidos como o “celeiro do mundo”. 

O que pretendo eu com este texto? Talvez construir sofismas para justificar a destruição da natureza pelas malignas corporações agroindustriais rsrs; na verdade busco apenas ajustar o senso das percepções, do global para o local. É evidente que existem problemas ambientais, problemas estes que afetam não só o corpo como também a alma, tendo em vista que: <Desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, o seu sempiterno poder e divindade, se tornam visíveis à inteligência por suas obras; [...] (Rm 1, 18)>, ou seja a contemplação da criação é uma das vias as quais nos levam a conhecer Deus, bem como a nós mesmos. Entretanto, agrupar tais problemas em uma metanarrativa ideológica, em que de modo histérico as preocupações dos indivíduos se voltam não para a tragédia ambiental no âmbito local - onde que terrenos baldios se tornam depósitos de lixo, antigos parques dão lugares a empreendimentos imobiliários, ciclovias são ignoradas em favor do lobby das montadoras - mas a um suposto desastre ambiental global - onde se grita em defesa da floresta (como um ente genérico e abstrato) e todo novo empreendimento é demonizado (hidroelétricas, grandes propriedades agrícolas, etc) - é no mínimo histeria. 

No fundo, estamos diante do ressurgimento de primitivas superstições, onde a natureza, Pachamama, torna-se um ídolo demoníaco que, toma as vidas e destrói a inteligência de seus devotos. 

O verdadeiro amor pela Criação, enquanto herança confiada a Deus ao gênero humano, se manifesta, sobretudo, em âmbito local. Quando os limites do visível se excedem demasiado, corre-se o risco de entrar nos sinuosos terrenos da ideologia.

#Edmundo Noir
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Nesse ponto, eu gostaria de afirmar com toda clareza que o últimos dos direitos metafísicos não oferece argumento algum a favor daquela espécie de propriedade criada pelo capitalismo financeiro. Ao contrário, esse tipo de propriedade viola a noção mesma de proprietas. O aperfeiçoamento dessa instituição e sua adaptação às necessidades do comércio e da tecnologia representaram a maior ameaça à propriedade do que qualquer outra coisa já imaginada anteriormente. Pois a propriedade abstrata das ações e apólices e as posses legais de empresas jamais vistas na realidade destroem a conexão entre o homem e sua substância, sem a qual o direito metafísico perde o sentido. Esse tipo de propriedade se torna uma ficção útil para a exploração das pessoas e impossibilita a santificação do trabalho. A propriedade que defendemos como ancoragem, por sua vez, mantém sua identidade com o indivíduo. 

Não é verdadeiro apenas o que acabamos de dizer, mas também o fato de que a acumulação de enormes propriedades por proprietários anônimos é um convite constante a um maior controle do Estado sobre nossa vida e nossas riquezas. Pois quando as propriedades são imensas e integradas, em uma escala que agora vemos com freqüência, é necessário apenas um pequeno passo para que seu controle seja transferido ao Estado. Na verdade, é um lugar-comum observar que as tendências monopolistas são também uma tendência ao estabelecimento da propriedade estatal. Se nós aprofundássemos a análise descobriríamos que os negócios criam uma burocracia que facilmente pode ser integrada à do governo. Além disso, as grandes empresas raramente deixam de solicitar ajuda ao governo, já que sua reivindicação por independência se baseia em um desejo de lucro, e não em algum princípio ou senso de honra. Portanto, o mundo dos negócios e a racionalização da indústria estimulam os males que procuramos superar. O exercício da propriedade por meio de ações faz com que a propriedade se transforme em uma unidade autônoma consagrada a metas abstratas. Ademais, o campo de responsabilidade do acionista fica tão limitado quanto o do trabalhador especializado. Os defensores da propriedade privada realmente estão obrigados a se opor e muitas das ações que atualmente são realizadas em nome dos empreendimentos privados, porque as organizações corporativas e os monopólios são os próprios meios através dos quais a propriedade tem abandonado seu caráter privado. 

A solução moral para este problema consiste em distribuir a propriedade em pequenas parcelas. Estas podem assumir a forma de pequenas fazendas, de comércios locais e de lares ocupados por seus proprietários. Nesses casos, a responsabilidade individual passa a valorizar o direito sobre a propriedade. Esse tipo de propriedade faz com que seu dono tenha uma ampla margem de escolha por meio da qual ele pode se tornar uma pessoa integral. O capitalismo monopolista e o comunismo devem ser condenados justamente porque favorecem a diminuição dessa ampla margem de escolha. 

Dizer isso equivale a afirmar que o homem tem o direito inalienável a ser responsável. Essa responsabilidade não pode existir quando esse direito essencial pode ser violado em nome de uma utilidade social temporária ou quando ele pode ser substituído por obrigações impostas por outros. Portanto, somos obrigados a afirmar que alguns direitos existem desde o princípio e que a existência de um vínculo privado com sua essência é um deles.


#Richard M. Weaver
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Os homens vivem numa certa ignorância natural: não podem por si, enquanto indivíduos, abarcar tudo o que a civilização precisa saber para existir. Deste modo os preconceitos - que nada mais são que os conceitos herdados da tradição consolidada - operam como meios poderosos de socialização e racionalização do homem médio: por meio deles os homens entram em contato com as idéias que sustentam uma comunidade humana sem a necessidade de entender perfeitamente todo seu alcance ou sentido. Os conceitos em que se sustenta uma civilização são sempre obra de uma elite que descortina e produz conhecimento. É natural que somente esta elite seja capaz de compreender o significado deles. Aqui não falamos de uma elite econômica ou política mas daquela que, podendo ser econômica ou política, exerce um papel de orientação cultural da civilização , daquela que forja a mente dos povos.

O homem pós moderno busca se livrar dos preconceito; isso nada mais é que uma tentativa de se ver livre das tradições consolidadas abrindo espaço para a liberação total dos costumes e para a destruição da civilização. Estamos diante do homem tribal que rejeita qualquer lei ou ordem. A luta contra os preconceitos é a luta contra a necessidade de qualificar e distinguir isso daquilo e de valorar o mais excelente em relação ao menos. Evidente que nem todos os preconceitos são sadios ou verdadeiros; há civilizações e civilizações. O preconceito comum entre os índios do Brasil Colônia sobre o canibalismo – que eles encaravam como meio de obter o poder e virtude do guerreiro ou inimigo devorado – é um exemplo disso: embora mantivesse a coesão tribal mobilizando-a na luta contra o inimigo e pela sobrevivência, significava um costume bárbaro que deveria ceder lugar diante de um organização civilizacional superior. Foi o que se deu quando os europeus aqui se instalaram e instituíram a religião cristã entre as populações nativas: substituíram um preconceito bárbaro por um civilizado e cristão qual seja o do respeito a vida humana como imagem de Deus. O conceito teológico de homem como imagem de Deus certamente escapava dos nativos. Mas a medida que ele se exteriorizava através da pregação dos padres e missionários e nas instituições que eram criadas pelos colonizadores , acabou virando uma espécie de forma mentis coletiva subjacente ao indivíduo.

A visão racionalista – diretamente responsável pela luta contra os preconceitos – compreende que cada indivíduo é capaz de, por si só, fazer o exame de todas as crenças e submetê-las ao seu juízo. Isto constitui mesmo a base conceitual do iluminismo; dizia Kant que cada um deveria se servir exclusivamente de sua razão , sem apelar a autoridade da religião , tradição , etc . A visão kantiana–iluminista se fundava num amplo otimismo sobre o homem, seja sobre suas capacidades racionais, seja sobre a bondade da natureza humana. Iluministas acreditam que todos os homens tem capacidades iguais e que todos nascem bons sem nenhuma desordem.

Na verdade o iluminismo é uma grande farsa. Basta analisarmos o homem em sua condição histórica. O iluminista esquece disso e olha a razão humana apenas de um ponto de vista idealista, olha para a razão apenas em seu sentido geral sem levar em conta as condições concretas que podem tolhê-la ou estimulá-la, que fazem de uns mais inteligentes que outros e portanto mais capazes de resolver problemas que outros. Embora todos os seres humanos sejam racionais em potência, quanto ao ato, essa racionalidade não existe no mesmo grau em todos os homens. Assim todos os homens tem potencial muscular mas nem todos desenvolvem a musculatura e outros a desenvolvem mas nunca no mesmo grau. Em suma, apesar de haver um certa igualdade entre os homens enquanto dotados da mesma natureza, existe uma desigualdade que é decorrente da atualização dessa mesma natureza em cada um. Cada homem individual está em um grau de saber e virtude diferente.

Onde queremos chegar ? É bem simples: para a humanidade é uma lei que muitos dependam de poucos; e esses poucos são os que possuem em maior grau o saber e a capacidade de ordenar. As civilizações não avançam sem essas minorias. Essas minorais são criadoras de leis, instituições, são as custodiadoras dos valores que impregnam a cultura de um civilização. A maioria menos capaz resta assimilar o que a minoria realizou de superior. Foi isso que durante os séculos de formação do ocidente cristão se deu : a minoria (o clero católico) forjou as bases de nossa cultura. A maioria (nobres e servos) assimilaram as verdades e preceitos transformando-os em tradição. As gerações seguintes herdaram esse legado como um patrimônio sagrado. Mas quando os iluministas pretenderam levar a discussão esse patrimônio sagrado, através da critica racional a sociedade do antigo regime e das suas bases teológicas e históricas, abriram–se os tempos revolucionários e o mundo, combalido pelo culto da razão humana apartada da história, entrou num torvelinho de revoluções sem fim que ameaçam destruir todos os elementos civilizacionais.

Entendamos: a luta contra os preconceitos é a luta da razão abstrata e igualitária contra a razão histórico-tradicionalista que nos ensina que, em face da desordem que acomete a natureza humana, não podemos confiar no pensamento individualista que se põe a julgar o passado em nome do presente, do futuro ou do progresso da humanidade visto como liberação do passado. O passado constitui uma lição para as gerações futuras não podendo ser ignorado. Ignorar o passado e querer se ver livre dos preconceitos é apostar no escuro. Pretender refundar a civilização humana na ausência de critérios – que é em suma a luta da atual idéia de combate aos preconceitos – é construir em cima de nuvens e de vento, ou seja, caminhar para o mais absoluto niilismo. Como as sociedades humanas precisam de um poder que as organize o que restará é apenas a lei do mais forte: sem os preconceitos a moderar as ações do poder político pelo respeito sagrado a sabedoria do passado, restará apenas a capacidade de quem tem dinheiro e meios de formar a opinião da maioria como bem quiser, de acordo com seus interesses mais imediatos. O fim dos preconceitos abre a via para a dominação de uma nova elite, essa sim mais inescrupulosa que todas as outras que já existiram, pois sem nenhum critério moral absoluto a lhe moderar os apetites de poder. Sem preconceitos não há limites morais e sem limites morais tudo é permitido.

Como bem diz Blaise Pascal em sua obra "Pensamentos", no nº 331, os princípios da vida política foram criados para moderar a depravação e loucura dos homens
Platão e Aristóteles escreveram sobre política para pôr ordem em um hospício... sabiam que os loucos a quem falavam julgavam-se reis e imperadores, entravam nos princípios para moderar sua loucura na medida do possível.
Sobre isso cabe atentarmos para as sábias palavras de Russel Kirk sobre a função dos preconceitos na vida da civilização:
(...) todos possuímos preconceitos. Isso nem é de todo uma desgraça. Alguns de nossos preconceitos são tolos e, talvez, perniciosos, mas outros são, simplesmente, as regras necessárias pelas quais vivemos.

"Pré-conceito" significa pré-julgamento: ou seja, decisões a que chegamos rapidamente sem ter de pesar muito as provas. Assim, se os "pré-conceitos" que temos são sensatos ou insensatos, dependerá das fontes de nossas crenças e de nossas preferências mais arraigadas.

É claro que uma pessoa pode nutrir preconceitos tolos a respeito do tom da pele ou dos cabelos de outro ser humano ou sobre a natureza de sua religião. Mas também é verdade, como escreveu Edmund Burke (1729-1797), que por um sábio preconceito a virtude se torne hábito.

Dessa maneira, povos de inclinações saudáveis e de instrução moral decente alimentam um preconceito a respeito do assassinato. Quando ouvimos que foi cometido um homicídio, reagimos a partir de nossos pré-conceitos -- e é justo que o façamos. Não perguntamos se o homem assassinado era bom ou se o assassino tinha boas maneiras, ou (supondo que sintamos como se estivéssemos desferindo o derradeiro golpe) podemos conseguir escapar sem sermos notados. Diferente da personagem principal do romance de Fiódor Dostoiévski (1821-1881), "O Idiota", não pesamos racionalmente os aspectos benéficos e nocivos de um determinado assassinato para então decidir se iremos eliminar outra vida humana.

Ao contrário, simplesmente obedecemos ao mandamento "Não matarás", caso sejamos pessoas normais. Ao tomarmos conhecimento de um assassinato, decidimos que independente das circunstâncias particulares, o assassinato é mau e que a justiça deve ser feita. Um preconceito sensato, adquirido desde cedo na vida, nos informa que o assassinato é algo proibido e que não deve ser tolerado por sentimentalismos.

Igualmente, somos capazes de manter uma decente ordem social civil porque a maioria de nós age com base em sábios preconceitos sobre roubo, crueldade e fraude. Não temos de titubear e tentar ponderar as possíveis perdas e ganhos que encerram atividades como a trapaça ou o espancamento do próximo. Se somos bons, a maioria das pessoas é boa por ter hábitos morais. Não temos de realizar uma espécie de cálculo todas as vezes em que somos compelidos a tomar uma decisão moral.

Instilamos, deliberadamente, preconceitos desejáveis desde o início da vida -- por exemplo, no ato de dar umas palmadas caso nossos meninos persistam em chutar as canelas de outros meninos. Pais prudentes, de modo acertado, criam suas crianças com preconceitos a respeito de pequenos furtos em lojas, de estilhaçar janelas e de atormentar os cães. Não ensinam aos seus rebentos a perguntar: "Será que alguém vai me assistir torturando aquele cãozinho?"ou "Não seria mais divertido que perigoso dar um jato d'água na Sally?"

Permitam-me acrescentar que pais saudáveis também tentam manter os filhos livres de falsos preconceitos. É uma questão de discriminação precoce, mas criar alguém completamente sem preconceito é educar de modo indeciso e totalmente imoral. Não é errado ser preconceituoso com trapaceiros, mentirosos, fanáticos e demagogos.
#Rafael Queiroz 
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A Sociedade é – segundo a profunda concepção tradicional, predominante na Grécia, em Roma e na denominada Idade Média – uma hierarquia de Grupos Sociais Naturais, dentre os quais o primeiro e mais fundamental é a Família. Tal concepção é a única concepção verdadeira, posto que, como sublinha Heraldo Barbuy, “repousa na visão do que a sociedade realmente é: repousa na intuição da essência da sociedade”, definida esta pelo insigne pensador patrício como “síntese de grupos naturais” [1].

A Sociedade é, pois, uma hierarquia de Grupos Sociais Naturais, uma síntese de Corpos Intermediários, cuja cellula mater é a Família. Esta é a mais natural das sociedades menores que formam a Sociedade, uma vez que contém, ainda de acordo com a lição do autor de O problema do ser, todos os liames dos demais grupos, além do liame biológico e de uma religiosidade mais estreita que faz da Família Tradicional, antes e acima de tudo, um círculo religioso [2].

Os Grupos Naturais, que encontram sua razão de ser na própria natureza da Pessoa Humana, podem ser resumidos em:
a) Grupo biológico, através do qual o Homem se projeta no tempo – a Família;
b) Grupos espirituais – as igrejas e demais locais de culto em que o Ente Humano eleva suas preces a Deus;
c) Grupos econômicos – associações profissionais voltadas à defesa do Trabalho, que é um direito natural da Pessoa Humana e ao mesmo um dever desta para o engrandecimento do Bem Comum – Corporações, Sindicatos etc.;
d) Grupos políticos – o Município e a Nação;
e) Grupos educacionais e culturais – escolas, universidades, academias, instituições culturais.

A respeito dos grupos espirituais, econômicos, educacionais e culturais julgamos não ser necessário discorrer mais, de modo que retornaremos ao grupo biológico e, em seguida, cuidaremos dos grupos políticos e, por fim, do Estado, que não é um Grupo Natural, mas sim a síntese espontânea dos Grupos Naturais.

A Família é, no dizer de Plínio Salgado, “o Grupo-Síntese que oferece ao Estado o sentido dos lineamentos exatos” [3], posto que é a Família a força moral em que o Estado Ético-Integral deve ir buscar a sua força, de modo que não há Estado Ético sem Família [4].

No chamado Manifesto de Outubro, mais fundamental documento do Integralismo, Plínio Salgado pondera que o Homem e a Família precederam o Estado, que deve ser forte para manter sua integridade, posto que é a Família quem cria as virtudes que consolidam o Estado, sendo o próprio Estado “uma grande família, um conjunto de famílias” [5].

Podemos dizer que um dos mais graves erros do individualismo liberal e do coletivismo comunista foi o de não considerar os Grupos Naturais em geral e a Família em particular, concebendo, os individualistas, a Sociedade como mera soma de indivíduos, e os coletivistas, como simples massa social. Cumpre ressaltar, com efeito, que os individualistas e os coletivistas, criando, respectivamente, o Monstro Indivíduo e o Monstro Sociedade ou Monstro Estado, não apenas desconsideraram a existência dos Grupos Naturais, como também os combateram de todas as formas possíveis, logrando enfraquecê-los, mas nunca destruí-los.

Sabemos que só há uma Sociedade, uma Nação e um Estado forte onde a Família é forte, de sorte que defendemos o revigoramento da Família, baluarte da Ética, da Moral, dos Bons-costumes, da Tradição. Esta última, definida por Herder como a “cadeia sagrada que liga os homens ao passado”, conservando e transmitindo tudo aquilo “que foi feito pelos que os precederam” [6], constitui um princípio estático-dinâmico, como preleciona Arlindo Veiga dos Santos [7], sendo, ademais, uma das principais bases do Integralismo. Faz-se mister frisar, com efeito, que o ilustre jusfilósofo espanhol Francisco Elías de Tejada y Spínola considerou Plínio Salgado o maior pensador tradicionalista do Brasil, ao lado de José Pedro Galvão de Sousa [8], e que Gustavo Barroso bem classificou o Integralismo como “modalidade nacional das doutrinas tradicionalistas e nacionalistas das chamadas Direitas” [9].

É da Família, cellula mater da Sociedade, que nasce o Município, cellula mater da Nação, que constitui, como ressalta René Pena Chaves, uma reunião de famílias autônomas, ligadas entre si por interesses de vizinhança e organizadas politicamente [10].

O Município, unidade política fundamental, sede das famílias e das classes, constituindo uma reunião de moradores que aspiram ao bem-estar e ao progresso da localidade, deve ser autônomo em tudo o que diz respeito a seus peculiares interesses [11].

O Manifesto Municipalista, redigido por Plínio Salgado e lido por Goffredo Telles Junior durante a V Convenção Nacional do Partido de Representação Popular (PRP), em 1948, afirma que, da mesma forma que “a palavra ESPIRITUALISMO resume nossa filosofia, a palavra MUNICIPALISMO resume nossa política” [12].

Consoante salienta o autor de Psicologia da Revolução no referido Manifesto, o Homem só poderá ser feliz quando for livre e somente será “socialmente livre se viver dentro de uma Pátria moralmente grande” [13].

Ora, prossegue Plínio, um País, “como um todo, só é moralmente grande e politicamente forte quando são pujantes os elementos de que ele se compõe” e o Brasil, do ponto de vista administrativo, é dividido em Estados que consistem em criações de natureza política. Caso consideremos, entretanto, a evolução natural de nossa Sociedade, notaremos que a Nação Brasileira é constituída de Municípios formados de maneira espontânea e que são, portanto, “os elementos naturais de que se compõe o corpo da Nação” [14].

É dentro do Município – preleciona o pensador patrício – que “o Brasil palpita e vive”, que nosso povo “vai tecendo sua existência cotidiana”, que “o agricultor cultiva sua terra, o industrial transforma os produtos, o comerciante troca as mercadorias e que os homens de todas as profissões exercem seus misteres”. Assim, a produção, a prosperidade, a riqueza, a saúde, o bem-estar e a cultura dos brasileiros não podem provir senão do Município, que é, deste modo, “a oficina do progresso nacional” [15].

É em torno da União e do Município que giram quase todos os interesses pertinentes aos cidadãos e à Pátria e, como a vida de cada pessoa se encontra profundamente vinculada às condições do Município em que tal pessoa reside, “a grandeza da União se afirma em razão direta da vitalidade dos Municípios, de que ela se compõe” [16].

Isto posto, importa salientar que o federalismo, enquanto forma de Estado, é totalmente contrário à Tradição Nacional, havendo sido sua importação, pela República, um dos maiores crimes de que foi vítima esta Nação, nascida sob o signo da centralização política e da descentralização administrativa e da preponderância da União e do Município sobre a Província.

Havendo cuidado do primeiro Grupo Social de natureza política, passemos ao segundo, que é a Nação.

A Nação, do latim nasci, nascer, é um conceito eminentemente histórico, cultural e racional, sendo caracterizada, antes de tudo, por sua Tradição, que diferencia seu povo em relação aos demais povos da Terra, forjando o caráter da personalidade nacional.

Formada por seus filhos e pelos Grupos Naturais a que estes pertencem e nos quais exercem melhor seus deveres e direitos, a Nação é uma entidade inconfundível, um organismo dotado de fórmula sociológica, vocação e modo de vida próprios, decorrentes de sua formação histórica e social.

A Nação é – consoante preleciona Plínio Salgado – uma continuidade histórica, no Passado, no Presente e no Porvir, um “patrimônio territorial no espaço geográfico”, uma realidade social, uma expressão moral e ética, como conjunto de pessoas, famílias, sindicatos, corporações, municípios. “É a unidade humana diferenciada pelo meio físico, pela estrutura étnica, pelos índices culturais, pelo idioma, pelo temperamento e vocação de um povo”, podendo faltar-lhe um ou mesmo mais de um de tais elementos, como a unidade linguística ou étnica, mas jamais “aquele espírito de grupo a que se refere Durkheim, com certo exagero, mas que nós podemos aceitar nos seus próprios limites” [17].

A Nação é, ainda segundo o autor da Vida de Jesus, “consciência de Tradição, de Atitude e de Destino histórico” [18], se exprimindo politicamente numa personalidade coletiva, que tem consciência de onde veio, de onde está e de para onde deve ir [19].

Por fim, tratemos do Estado, que, como afirmamos há pouco, não é um Grupo Natural, mas sim a síntese espontânea dos Grupos Naturais, que o precederam.

O Estado, assim, como a Sociedade, é, segundo preleciona Heraldo Barbuy, apenas um meio, sendo a Pessoa Humana o verdadeiro fim [20]. No mesmo sentido entendem, dentre outros, Plínio Salgado [21], Goffredo Telles Junior [22], Tristão de Athayde [23], Ataliba Nogueira [24], Machado Paupério [25], Darcy Azambuja [26] e Marcus Cláudio Acquaviva [27].

Diversamente do Estado Ético hegeliano, que se constitui na fonte única da Moral, da Ética e do Direito, o Estado Ético preconizado pelo Integralismo é o Estado transcendido pela Ética e movido por um ideal ético. Ele existe para servir ao Homem e aos Grupos Naturais e não para ser servido por eles ou violentá-los e reconhece os direitos naturais da Pessoa Humana e não os concede como favores.

#Victor Barbuy

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